terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

REEQUILIBRANDO NOSSO SENTIMENTOS

Temos durante tanto tempo nos preocupados com o que os outros pensam de nós,de como devemos agir ou nos comportar em função do que as pessoas acham, que esquecemos que estamos perdendo tanto tempo para colocar o que realmente sentimos e queremos de nós mesmos e não o que os outros querem que façamos.

Não há mais tempo.Por isso devemos começar a reequilibrar os nossos sentimentos.

No momento de transição por que passa a terra ,não podemos permanecer abstraidos de nossas obrigações espirituais, nem tampouco podemos continuar a nossa caminhada evolutiva sem que conheçamos e compreendamos os nossos próprios sentimentos.

Não devemos simplesmente querer tirar de nós mesmos os nossos sentimentos negativos.Devemos sim, entende-los e descobrir o porque estamos sentindo esse tipo de sentimento e posteriormente reequilibrar esses mesmos sentimentos.

Aguinaldo Paviani em seu livro Não há mas tempo nos diz que :

“O medo que muita vezes nos auxilia na preservação de nós mesmos,quando em desequilibrio nos atira em abismos de inconsequencias ou nos conduz ao martirio da ansiedade que à semelhança de um ácido corrosivo destroi qualquer possibilidade de felicidade duradoura.

A alegria que sentimos e que na medida ideal dá um colorido especial à vida e enche de esperança os nossos corações,quando se encontra desequilibrada nos empurra para a tristeza, transformando a nossa existencia em um pesado fardo, quando não nos precipita em situações ridiculas,oriundas da euforia.

A tolerancia quando colocamos em pratica, asserena os animos mais exaltados,agregando corações e proporcionando um ambiente de paz, porém quando em desequilibrio, torna as relações humanas azedas,comprometendo a afetividade ou ainda podendo gerar a omissão que em termos modermos tem sido um desafio a mais para a nossa reforma intima.”

Ou seja , quando estamos desequilibrados – e se formos parar para analisar, nós nos encontramos em permanente desequilibrio- tudo fica muito mais dificil.O ser humano com essa mania de se motivar a fazer tudo para ter os bens materiais cada vez mais , esquece de procurar a Deus.Esquece que de se encontrar.Esquece de olhar para dentro de si mesmo .Só está preocupado com as aparencias.Com status, e por ai a fora. Esquece ele que nada disso que por tanto luta , nada levará quando daqui partir.

Estamos entrando em uma fase em que devemos começar- ou seja , já deveriamos ter começado-a correr , a lutar para nos modificarmos interiormente, a ver que não devemos somente nos preocuparmos com os bens materias,claro que dependemos deles para sobreviver, para crescermos, a fim de podermos resgatar a pessoa real que somos.Para colocarmos em pratica conosco mesmo os ensinamentos fornecidos a mais de 2000 anos atrás, por Jesus, e que até o presente momento nada aprendemos.

Continuamos egoistas, orgulhosos em demasia.Continuamos a olhar somente para o nosso umbigo, esquecendo que há outras pessoas a nossa volta necessitando de uma palavra amiga,de uma mão estendida, de um ombro , de um abraço apenas.

Lendo uma revista, dessas que nos dão quando passamos perto de uma igraja evangelica,que fazia o seguinte questionamento: VOCE SABE A ONDE DEUS ESTÁ ?VOCE REALMENTE SE CONHECE?VOCE SABE QUAL A SUA VERDADEIRA MISSÃO AQUI NA TERRA?Acredito que pouquissimas pessoas sabem responder a estas questões assim como outras.Eu posso dizer com certeza que até bem pouco tempo atrás não teria condições de responder ou responderia de maneira pejorativa, mas hoje sei que tenho condições de saber as respostas para essas questões.Basta procurarmos dentro de nós mesmos.Basta reequilibrarmos nossos sentimentos .Basta nos conhecermos.



quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

PORQUE NÃO RESISTIMOS AS TENTAÇÕES

Lendo alguns livros espiritas, especialmente aqueles que nos falam sobre a reforma intima me detive em uma frase dita pelo apostolo `Paulo de Tarso que retrata muito bem o tema acima.


Porque não faço o bem que quero, mas o mal que não quero esse faço.” Paulo de Tarso – Romanos, 7:19.

Muitos de nós tentamos parar de fumar, de beber, fechar a boca para emagrecer,ter pensamentos improprios ou lasivos em demasia, etc, mas o conseguimos por um periodo curto de tempo, pois logo nos deixamos vencer pela nossa vontade e acabamos fazendo tudo novamente , e muitas vezes com uma intensidade muitas vezes maior do que antes. Ai me pergunto : Porque não conseguimos cumprir com as determinações a que nos propusemos? Porque nos deixamos ser tomados por uma vontade de retornarmos a aquilo que esta nós prejudicando?.Por que ainda não nos achamos preparados para enfrentarmos cara a cara o nosso proprio “Eu “ interior.Porque nos achamos fracos.Porque não nos gostamos como deveriamos.

Posso falar ´por mim mesmo.Fumei durante mais de trinta anos e por diversas vezes tentei parar mas não conseguia ficar muito tempo sem o vicio.O maior tempo que fiquei sem fumar foi por nove meses, mas bastou um deslize de minha parte para voltar a fumar.Hoje, já estou a quase dois anos sem colocar um cigarro se quer na boca ,pois fortaleci a minha força de vontade além do que não me deixo levar mais pelas influenciações ,pois comecei a gostar mais de mim.Estou em processo de aprendizado. Estou procurando me conhecer um pouco mais, para continuar a me fortalecer e vencer outras deficiencias que tenho.Mas tudo tem o seu tempo certo para acontecer.Por isso temos que nos preparar.Temos que continuar tentando.

Uma observação que li é que não damos o devido valor as pequenas conquistas que conseguimos e por conseguinte permitimo-nos a expansão dos sentimentos de impotencia e de menosprezo aos esforços ja aplicados por nós mesmos.Devemos sempre nos questionar “O que estou fazendo para a minha melhora?.Termos noção claras sobre as nossas conquistas interiores, mesmo que poucas expressivas, é motivo de muita alegria e de motivação mental para darmos prosseguimento as nossas tentativas de fazermos o que é realmente correto .

A única certeza que temos de que estamos fazendo algo a nosso favor, em nos conhecermos a fundo ,é a continuidade que damos aos nossos projetos de reforma interior.Os obstaculos que aparecerão a nossa frente serão muitos e não devemos esperar por facilidades,mas sim termos a coragem e o otimismo necessário para vencermos os desafios que aparecerão. “

“Nossas conquistas não podem ser edificadas na calmaria. Nossas virtudes não florescerão sem os golpes da dor que dilacera arestas e poda os espinhos da imperfeição.”-do livro Reforma Intima sem martirio-Wanderlei S. de Oliveira.



quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

QUE SENTIMOS SOBRE NÓS?

“Quando saíam de Betânia, ele teve fome; e, vendo ao longe uma figueira, para ela encaminhou-se, a ver se acharia alguma coisa; tendo-se, porém, aproximado, só achou folhas, visto não ser tempo de figos.”-O Evangelho Segundo o Espiritismo – capítulo XIX – item 8


Os sentimentos que mais necessitamos compreender para a nossa harmonia são aqueles que dizem respeito a nós próprios.


Que sentimos sobre nós? Qual a relação afetiva que temos conosco? Como temos tratado a nós mesmos? A partir de uma viagem nesse desconhecido íntimo, faremos descobertas fascinantes e primordiais para uma integração harmoniosa com a Lei Divina e o próximo. A partir da harmonia que podemos criar com nossa “vida profunda”, essa busca de si mesmo terá como prêmio o encontro com o “eu verdadeiro”, aquilo que realmente somos – a singularidade.


Como começar essa viagem de auto-encontro em favor da consolidação de uma relação pacífica e amorosa conosco? Como trabalhar a aplicação do auto-amor? Façamos, inicialmente, algumas indagações.


Que fatores íntimos determinam a nossa dependência de situações e pessoas? Que causas emocionais ou psicológicas podem afastar-nos do desejo de sermos criativos e espontâneos? O que nos impede de avançar em direção aos nossos íntimos de realização e felicidade? Por que ainda não temos conseguido progresso na construção de valores pessoais em sintonia com os propósitos iluminados da Doutrina Espírita? O que realmente queremos da vida?


O primeiro ato educativo na construção do valor pessoal é diluir a ilusão da inferioridade. Buscar as raízes do desamor que usamos conosco. O Criador nos ama como estamos. Temos um nobre significado para Deus. Somente nós, por enquanto, ainda não descobrimos o valor que possuímos. Inegavelmente, poucos de nós apresentamos bom aproveitamento nas oportunidades corporais pretéritas, no entanto, o destaque acentuado aos deslizes e quedas nas vidas sucessivas somente agrava o estado íntimo de amargura da alma. Renascemos com novo corpo para esquecer e olhar para frente. As indagações que devemos assinalar nesta etapa são: Por que não me sinto digno? Quais são minhas reais intenções? Que lições tenho a aprender quando me sinto inferior? Por que determinada atitude ou acontecimento me faz sentir inferior?


Outro aspecto na valorização pessoal a considerar são os julgamentos que aplicam a nós. O que importa é o que faremos diante deles. Como reagiremos? Podemos nos culpar ou adotar o cuidado de refletir sobre o valor que tenham para nós. Quando não cultuamos o auto-amor, os julgamentos alheios constituem espessas algemas das mais nobres aspirações. Em quaisquer situações o amor é nossa couraça pessoal. Quem se ama sabe se defender sem fugas e ter respostas emocionais inteligentes e serenas aos estímulos do meio. Não crescemos sem conviver; isso não significa que devamos permitir a outrem ultrapassar os limites em relação à nossa intimidade. Somente nós próprios podemos penetrar com sabedoria e naturalidade a subjetividade de nosso ser.


Portanto, temos um processo interior – o sentimento de inferioridade – e uma força externa – os julgamentos, a aprovação social. Ambos consorciam-se, freqüentemente, contra nossos anseios de crescimento. Somente com a aquisição da autonomia saberemos lidar com tais fatores educativos.


Não fomos educados para desenvolver o outro a si mesmo na busca de seus caminhos. Fomos educados para manter o outro pensando como nós, escolhendo por nossas escolhas, opinando conforme os padrões de pensamento que adotamos e agindo de conformidade com nossa avaliação de certo e errado. É o regime de possessividade e submissão nas relações. É mais confortável ser orientado, ter respostas prontas para nossas dúvidas e angústias ou pedir alguém que nos indique a escolha mais acertada. Em inúmeras ocasiões é mais cômodo se ajustar a muitos julgamentos que acreditar nos ideais pessoais e nos nossos sentimentos. Consideremos, dessa forma, quanto necessitamos investir na erradicação da acomodação em busca da solidificação da autonomia psicológica em favor da liberdade que ansiamos.


O impedimento freqüente na construção da autonomia é o medo de rejeição – umas das mais graves conseqüência da baixa auto-estima. Como seremos interpretados? Qual será o conceito que farão de nós a partir do instante em que decidirmos por um caminho afinado com o que sentimos e pensamos?


A necessidade da aprovação alheia é extremamente enraizada na vida emocional. Todas as pessoas e suas respectivas idéias a nosso respeito merecem carinho e consideração, respeito e fraternidade. Porém, conceder a outrem o direito de aprovar ou reprovar...


A palavra aprovação, entre outros sinônimos, quer dizer: ter a nossa atitude reconhecida como moralmente boa. Analisando com cuidado, a aprovação se torna um julgamento, uma forma de interpretar e definir o que deve ou não ser feito e da forma como deve ser feito.

Sigamos a intuição, aprendendo a ler as mensagens sutis da vida interior despachadas pelo sentimento, evitando desprezo ao que sentimos. Mesmo as sensações desconfortáveis à consciência nos ensinam algo. A garantia de que vamos aprender depende do trato que daremos ao nosso mundo íntimo. O respeito incondicional que devemos usar conosco. Amar-nos como merecemos ser amados.

Uma vez alfabetizados pelo coração, passaremos a fruir uma vida mais plena, felizes com nossa condição, permitindo-nos evoluir com naturalidade, sem condenações e severidade.

O Espiritismo é remédio para nossas dores e roteiro para libertação de nossas consciências. Estudá-lo, sim, entretanto, a maior idade espiritual nas atitudes somente florescerá ao renovarmos o modo de sentir a nós, ao próximo e à vida.

Informação e transformação. Do contrário, ficaremos na superfície da proposta do amor, assim como a figueira na qual Jesus procurou frutos, adornados pelas folhas da cultura e vazios dos frutos do crescimento real.

Texto tirado do livro " Escutando Sentimentos-Wanderlei S. de Oliveira.



sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

PORQUE SOFREMOS ?PORQUE MENDIGAMOS AMOR?

“O homem pode suavizar ou aumentar o amargor de suas provas, conforme o modo por que encare a vida terrena.”

O Evangelho Segundo o Espiritismo – capítulo V – item 13



Nunca a humanidade mendigou tanta atenção e afeto. Uma crise de autodesvalor, sem precedentes, assola multidões. O sentimento de indignidade é o piso emocional das feridas seculares que causam a sensação de inferioridade, abandono e falência. Não se sentindo amadas, almas sem conta não conseguem superar os dramas da rejeição e os tormentos da solidão. Optam pela falência não assumida. Uma existência sem sentido, vazia de significados, sem metas; a caminho da derrocada moral e espiritual.

Somente o tratamento lento e perseverante de tecer o manto protetor da segurança íntima, utilizando o fio do auto-amor, poderá renovar essa condição interior do ser humano.

Agrilhoado pela ilusão do menor esforço, o homem busca a ilusão como sinônimo de paz. Anseia-se pela felicidade como se tal estado de alma pudesse ser fruto da aquisição de facilidades e privilégios.

Contudo, a felicidade é uma conquista que se faz através da educação de si mesmo. Buscá-la no exterior é dar prosseguimento a uma procura recheada de decepções e dor.

Educar para ser feliz é dar sentido à existência. O homem contemporâneo padece a doença do sentido. O vazio existencial é o corrosivo de seu mundo íntimo.

Reflitamos! Como a doutrina pode nos ajudar a construir sentido para a existência? Que passos dar para estabelecer significado educativo ao nosso sofrimento?

O Doutor Viktor E. Frank foi um homem extraordinário. Viveu a dor dos campos de concentração nazistas e sobreviveu, graças à sua habilidade em gestar um sentimento para sua dor em plena provação. Criador da logoterapia, Viktor Frankl auxiliou multidões a ter uma vida mais digna e promissora. Em sua obra prima ele afirmou:

“Quando um homem descobre que seu destino lhe reservou um sofrimento, tem que ver neste sofrimento também uma tarefa sua, única e original. Mesmo diante do sofrimento, a pessoa precisa conquistar a consciência de que ela é única e exclusiva em todo o cosmo dentro desse destino sofrido. Ninguém pode dela o destino, e ninguém pode substituir a pessoa no sofrimento. Mas na maneira como ela própria suporta este sofrimento está também a possibilidade de uma realização única e singular.” (Em Busca de Sentido – página 76 – Perguntar pelo Sentido da Vida – editora Vozes)

A primeira condição para se estabelecer um sentido à vida é o exercício da singularidade. Descobrir seus próprios caminhos, lutar por seus sonhos, celebrar sua diversidade aceitando suas particularidades, participar da vida como se é, sentir o gosto de se desligar de uma vida centrada no ideal e realizar-se no real.

A vida em si mesma não tem sentido, algo que se possa definir através de padrões ou princípios filosóficos. Esse sentido é construído pelas percepções individuais sob as lentes da singularidade humana que, a partir de diretrizes gerais, capacita-se a seguir sua “rota intuitiva” na direção da perfeição.

“O homem pode suavizar ou aumentar o amargor de suas provas, conforme o modo por que encare a vida terrena.” O modo de encarar ou perceber a vida terrena é a leitura pessoal de ser no mundo.

A felicidade resulta da habilidade de consolidar esse sentido a partir do “olhar de impermanência”. O enfoque de transitoriedade e do desprendimento.

Quase sempre sentimo-nos mais seguros adotando o parecer da maioria, um sentimento natural até certa etapa da jornada de crescimento. Chegará, porém, o instante em que a vida convidar-nos-á ao processo inevitável das descobertas singulares. Isto não significa estar alheio à convivência, ao processo de interação grupal. É apenas ter mais consciência do que convém ou não ao desenvolvimento individual na interação social.

Nas nossas frentes de serviços doutrinários somos convocados a urgente auto-avaliação nesse tema para erguimento da felicidade pessoal. Com um movimento acentuadamente dirigido para a “coletivização”,a uniformidade de conceitos e práticas escasseia o estímulo ou a aceitação para a diversidade. Nesse contexto, freqüentemente, idéias criativas e condutas diferentes são acolhidas com desdém, esfriam relações e ensejam a indiferença. São tachadas de personalismo e vaidade. Mais uma razão para tecer o auto-amor e investigar a forma pessoal de caminhar.

Personalismo ou singularidade? Individualismo ou individuação? Em quais experiências nos enquadramos?

Sem medo do individualismo, que é muito diferente da individuação, é imperioso aprendermos a investigar o coração em busca do “mapa singular” do Pai à nossa jornada de aprimoramento. Quem se ama vive a maravilhosa experiência de sentir brotar em sua alma, espontaneamente, uma cumplicidade poderosa com a vida, o próximo e a Obra Divina. Quanto mais amor a quem somos, mais amamos a vida. O sentimento da existência está no ato de percebermos o que significamos na Obra Paternal.

O segundo ponto essencial na construção do sentido é desenvolver a habilidade de superar o sofrimento. O prazer de viver surge quando, efetivamente entendemos as razões de nossas dores e como superá-las. Sofrer e não saber o que fazer para sair dessa “roda de dores”: nisso consiste o carma, a “roda da vida”. Possuir valores e não saber como utilizá-los para o bem: nisso reside o carma sutil da nobreza das intenções em conflito com a conduta que adotamos.

Quando desenvolvemos a arte de abrir o cadeado de nossas mazelas, soltamo-nos para novas vivências. Desprendemos das velhas amarras mentais, os complexos afetivos, dos condicionamentos. Quando aprendemos a lidar com nossos valores, a vida se plenifica.

A dor existe para incitar a inteligência na descoberta de soluções em nós mesmos. A grande lição nesse passo é descobrir as causas das aflições. O sentido da existência não está fora, mas dentro de nós. Podemos compartilhá-lo com o outro, entretanto, ele não depende do outro.

Como temos dificuldade em assumir a nossa fragilidade! Quanta dificuldade demonstramos para admitir nossa falibilidade! Sentimo-nos pequenos, incompetentes ao nos deparar com as batalhas não vencidas ou com as imperfeições não superadas, agravando ainda mais as provações. “O homem pode suavizar ou aumentar o amargor de suas provas, (...)”

Fénelon Assinala: “Que de tormentos, ao contrário, se poupa aquele que sabe contentar-se com o que tem, que nota sem inveja o que não possui, que não procura parecer mais do que é.” (O Evangelho Segundo o Espiritismo – capítulo V – item 23)

Ser feliz é contentar-se com o que se é sem que isso signifique estacionar. É o amor a si. A frase de Fénelon é uma autêntica proposta de paz interior. Contente, sem inveja e feliz com o que se é. Quem pode querer mais?

Texto tirado do livro -"Escutando -Sentimentos- Wanderley S.de Oliveira

ANO NOVO..DEIXEMOS A NOSSA CRIANÇA INTERIOR DESPERTAR

Neste ano que se inicia tomemos a decisão de despertar a “ criança interior “ que existe em nós.Esta criança é de uma pureza natural , mas por causa do nosso egoismo a soterramos sob os escombros dos nossos desatinos morais.


O Nosso Mestre Jesus disse:” Digo-vos, em verdade, que, se não vos converterdes e tornardes quais crianças, não entrareis no reino dos céus.” -O Evangelho Segundo o Espiritismo – capítulo VII – item 3.

Portanto deixemos renascer a criança que deixamos no tempo....escutemos seus sentimentos.

Quando se é criança não nutrimos, nas relações que temos, expectativas na convivencia,desobrigando-se das cobranças, ofensas,insatisfação,aborrecimentos,que nós adultos temos o tempo inteiro.Devemos nos aceitar como somos, sem criticas impiedosas,sem condenações estereis , pois isso é a base de uma vida saudavel.

Fernando Pessoa em seu poema “A criança que fui chora na estrada”, nos mostra o quanto nos perdemos no meio do caminho por termos soterrado a criança que existe dentro de nós....


“A criança que fui chora na estrada.
Deixei-a ali quando vim ser quem sou;
Mas hoje, vendo que o que sou é nada,
Quero ir buscar quem fui onde ficou.”

Vai diz a tua criança interior “Olá, minha criança! Vim buscar quem fui, onde ficou. Que bom te reencontrar, pois sei que um dia deixei-te na estrada para ser quem sou. Voltei agora para te buscar. Perdoe-me por te abandonar. Enquanto choravas, eu dormia o sono das conquistas passageiras. Agora estou desperto, vim te buscar.Não te assustes comigo. Eu não te deixei porque desejava. Não soube como fazer. Agora retorno a te buscar. Te aceito como és, incondicionalmente. Tu não és má porque tem imperfeições. Tu apenas tens imperfeições. Depois de tanto tempo, descobri que não sou capaz de viver sem teu poder.Quero brincar, pular e ser feliz. Vem ajudar me com tua bondade. Ajuda-me com tua criatividade e espontaneidade.Ah! Minha criança de luz, como te amo! Como quero te amar! Que vontade de sentir a tua espontaneidade, tua riqueza.”(texto do livro Escutando –Sentimentos-Wanderley S.de Oliveira).

Veja como tudo nos é possivel.Despertemos a nossa criança.Deixemos ela sair,para ela ver a beleza do mundo , como somente uma criança o vê.Deixai-a sem amarras.Deixai a pureza dela te cativar novamente.Somente assim acharás novamente o que tanto buscas ........O REINO DOS CEUS, a sua paz interior.

UM FELIZ ANO NOVO……………..UMA FELIZ PESSOA NOVA………….

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

2010-ANO DE RENASCER OUTRA PESSOA

Faltam apenas alguns dias- 6 dias,para ser mais exato, para iniciar um novo ano.Todos nós fazemos um cem numeros de promessas para o ano que se inicia.Mas de que adianta fazermos tantas promessas se não conseguimos cumprir nem 1/4 delas.Porque isso acontece?Excesso de promessas ?Falta de oportunidade ou de vontade para coloca-las em prática?Ou a ansiedade excessiva em querer tudo de uma só vez?.Muitos são os obstáculos que encontramos a nossa frente.Mas poucos são aqueles que realmente se predispoem a enfrentá-los.A terem coragem de seguir em frente, de transpor esse obstáculos, tirando as lições necessárias que eles nos trazem.Os obstáculos serão incessantes até o fim da existência, não nos competindo nutrir expectativas com facilidades mas sim a coragem e o otimismo indispensáveis para vencer um desafio após o outro.


Neste ano que se inicia, renasça como uma nova pessoa.O primeiro dia do ano é o começo de todas as coisas, é o momento mais propício à renovação da vida.Seja corajoso,perspicaz, pois somente aqueles que são corajosos e perspicazes conseguem a disposição para realizarem as mudanças e lançarem-se a uma nova vida.Mas vá realizando uma coisa de cada vez, pois se pretender dar uma passada maior do que consegues tudo desabará.

Inicie este ano que vem , procurando se conhecer mais;se amar mais.Busque o aprimoramento de si mesmo.Esta deve ser a primeira promessa a ser seguida, pois ela é o seu maior desafio: O encontro consigo mesmo.Faça com que essa nova pessoa nasça de dentro de voce, através da aceitação,da renovação, da transformação dessa velha pessoa que ai esta , agora com voce -que é você.Não eliminamos nada do que fomos um dia,transformamos para melhor. Ao invés de ser contra o que voce é, aprenda a ter uma relação pacífica de aceitação sem conformismo a fim de fazer dessa “velha pessoa” um grande aliado no teu aperfeiçoamento.

No livro Reforma Intima sem martírio de Wanderlei S. de Souza nos diz o seguinte :

“Nossas imperfeições são balizas demarcatórias do que devemos evitar, são um aprendizado que pode ser aproveitado para avançarmos. A postura de “ser contra” o passado é um processo de negação do que fomos,do qual ea astúcia do orgulho aproveita para encobrir com ilusões acerca de nossa personalidade.As Imperfeições são nosso patrimônio.Elas serão transformadas, jamais exterminadas.Interiorização é aprender a convivência pacífica e amorável com nossas mazelas. É aprender a conviver consigo mesmo através de incursões educativas ao mundo íntimo, treinando o auto-amor,aprendendo a gostar de si próprio, para amar tudo que existe entorno de nossos passos.Enquanto usarmos de crueldade com nosso passado de erros não o conquistaremos em definitivo. A adoção de comportamentos radicais de violentação desenvolve o superficialismo dos estereótipos e a angústia da melhora – estados interiores improdutivos para a aquisição da consciência no autoconhecimento e no autotriunfo.Interiorização é conquistar nossa “sombra”,elevando-a à condição de luz do bem para a qual fomos criados.Portanto, esse adversário interior deve se tornar nosso grande aliado, sendo amavelmente “doutrinado” para servir ao luminoso ideal do homem lúcido e integral para o qual, inevitavelmente,todos caminhamos.”


Que neste ano de 2010 esta tua disposição de mudar a si proprio seja a tua bandeira, pois somente assim conseguirás as demais coisa que tanto almejas e que são as mais faceis de se conseguir.



SOMOS O QUE PENSAMOS!!SOMOS O QUE CRITICAMOS NOS OUTROS

No Universo tudo é vida e transformação. Leis imutáveis regem a harmonia através do regime de unidade. A vida do homem em sociedade, submetida a essas leis naturais, respira nesse engenho divino que destina os seres à evolução. A ordem que preside tais fenômenos é regida por princípios de atração e repulsão que esculpem pouco a pouco, os valores morais dignificadores da vida interpessoal.


“Semelhante atrai semelhante,” e “opostos se retraem”.

O pensamento é força energética com cargas vigorosas, e o sentimento dá-lhe qualidade e vida tornando o psiquismo humano o piso de formação dos ambientes em todo lugar.

Tomando por comparação as teias dos aracnídeos,criadas para capturar alimento e se defenderem,a mente humana, de modo similar, tem seu campo mental de absorção e defesa estabelecido pelo teor de sua “radiação moral”: São as psicosferas. Quanto mais moralizado é cria-se o “circuito de imunidade da aura”, preserva o homem das agressões naturais de seu “ecopsiquismo” e seleciona o alimento mental vitalizador do equilíbrio de todo o cosmo biopsíquico.

O estudo da formação das psicosferas explica a razão de muitas sensações e incômodos,claramente percebidos pelas criaturas na rotina de seus afazeres junto aos ambientes da convivência social. Enxaquecas repentinas, náuseas, falta de oxigenação, tonturas, alterações de humor instântâneas, alterações no bem-estar íntimo sem razões plausíveis, irritações ocasionais sem motivos, sentimentos de agressividade, ansiedade e tristeza súbita, indisposição contra alguém sem ocorrências que justifiquem; eis alguns episódios que podem ter origem na natureza psíquica dos ambientes.

Evidentemente, os locais de nossa movimentação serão sempre o resultado da soma geral das criações que neles imprimimos, colhendo dessa semeadura somente os frutos que guardem semelhança com a qualidade das sementes que espalhamos. Dessa forma,alguns descuidos da conduta ensejam romper com as“teias mentais defensivas” em razão da natureza de nossas ações.

Nesse sentido, faz-se necessário destacar que a palavra mal conduzida tem sido uma das mais freqüentes formas de fragilizar nosso sossego interior. Através dela temos permitido uma ligação quase permanente, pela lei da associação mental,com os “campos de nutrição e defesa” alheios,criando uma espécie de “comunidade de vínculos” na qual encarceramo-nos a honerosos desgastes voluntários, quais os citados acima. Basta imaginar várias teias de aranha se encontrando nas extremidades formando o enorme “manto”... Assim passam a ser elos de contato e abertura a toda espécie de seres que se movimentem naquelas faixas nas quais sintonizamos.

Tudo isso pela invigilância em acentuar os aspectos sombrios dos outros e do meio, passando a partilhar na intimidade daquela inferioridade que destacamos fora de nós.

Vemos, freqüentemente, pessoas preocupadas com o mal que o outro pode lhe fazer, temerosas com os “olhos gordos” que lhes infundem fantasias místicas e sentimentos inferiores em relação a alguém,entretanto, ignoram que seu grande inimigo, seu grande oponente são elas próprias, através dos comportamento pelos quais atraem o mal a si mesmos.

Somos sempre os únicos responsáveis por nós.

O homem na Terra encontra-se tão habituado a denegrir o outro que não é capaz de avaliar o mal que faz a si com essa atitude. No entanto, na medida em que busca sua transformação, afeiçoa-se a conduzir sua palavra mais nobremente em relação ao próximo e a tudo que o cerca. Somente então, quando inicia o programa de disciplina, consegue aquilatar com mais sensibilidade o quanto custa em seu desfavor o descuido com o verbo edificante.

Essa necessidade humana de destacar o mal alheio encobre, quase sempre, o desejo de rebaixar o outro e causar-nos a ilusória sensação de superioridade, uma “maquinação” milenar do orgulho nos recessos da mente. Para nos referirmos ao mal alheio sem causar prejuízos a nós próprios,parecemos antes proceder a uma análise da natureza das emoções e intenções que nos conduzem a agir dessa forma. O que necessitamos aprender é sondar os nossos sentimentos quando falamos de alguém, o que está na nossa vida afetiva quando mencionamos o outro. Somente assim conheceremos melhor nossas reais motivações e teremos condições para empreender mudanças de posturas eficazes, que manterão nosso campo espiritual defendido das cargas enfermiças daquilo que não nos pertence.

Recordemos que os ambientes são o espelho do que somos. Se já percebemos o quanto é pernicioso o hábito de criticar por criticar, de julgar com inflexibilidade, de mentir sobre os atos dos outros ou ainda de difamar a vida alheia, então façamos uma pausa para entender as causas de nossas ações,perguntando ao tribunal da consciência a verdadeira razão pela qual ainda tomamos essas atitudes. Por que temos essas necessidades? Por que alguém é sempre alvo de nossos comentários deprimentes? Por que alguém nos incomoda tanto? Que posso fazer para amanhã não agir da mesma maneira?Além disso, ore sempre nos círculos de trânsito por onde, iluminando tua aura e fortalecendo tuas defesas contra as “teias mentais” daqueles que também agem nas trilhas ferinas da palavra áspera e malfazeja.

Quando vemos os defeitos alheios, mas nos prestamos a tratá-los com real fraternidade e compreensão, aderindo expontaneamente ao hábito de destacar-lhes também o “lado positivo” que possuem,candidatamo-nos a ser os “Samaritanos” da vida no socorro às doenças alheias, imunizando-nos dos infelizes reflexos que decorrem das ações às quais,muitas vezes, adotamos contra nós mesmos, na condição de juízes e sensores implacáveis da conduta do próximo. A indulgência cria focos de atração e interesse, fazem as pessoas sentirem-se calmas e bem quistas ao nosso lado, elevando-nos o “astral emocional” para viverem mais felizes.

Zelemos pelos nossos ambientes tornando-os saudáveis e agradáveis para conviver. Otimismo incondicional, vibrações positivas sempre,tolerância construtiva, cativar laços, o hábito contínuo da oração, sorrir sempre, expressar alegria e humor contagiantes, dar pouca ou nenhuma importância aos reclames e pessimismo dos outros,guardar a certeza de que ninguém pode nos prejudicar além de nós mesmos, querer o bem alheio,essas são algumas formas para a edificação de psicosferas ricas de saúde e paz, medidas salvadoras de asseio espiritual que eliminarão expressiva soma de problemas voluntários, dos quais podemos nos ver livres, desde que realmente desejemos.

Texto tirado do livro:Reforma Intima sem martirio-Wanderlei S. de Oliveira-pg194-item29