domingo, 1 de novembro de 2015

PODEMOS PLANEJAR O NOSSO FUTURO?

Em que  nos  baseamos  para planejarmos  o nosso futuro? Provavelmente  em todas as coisas que desejaríamos que nos acontecessem. Mas pergunto, de onde provem esse desejo? Esses desejos provem de nossas fontes de insatisfações e de frustações que colhemos  ao longo de nossas  vidas.
Bom para podermos planejar  o nosso futuro devemos fazê-lo como se estivemos para  realizar  uma viagem.

Em primeiro lugar  devemos  reflexionar em tudo o que  vivemos até o presente  momento, as  pessoas com as quais  nos relacionamos e as  experiências que  atraímos, pois  tudo isso foi programado por  nós mesmos. Essa programação fazemos  em virtude de nossas crenças e atitudes , pois elas  é que determinam os fatos de nossa  vida. Sempre  foi e sempre será assim.

Nós somos  os únicos responsáveis pelo que nos  acontece.

Por  mais  boa vontade e intenção  que tenhamos , tenha a certeza que não foi bem isso que tivemos.

Nosso relacionamento familiar não foi satisfatório; a nossa esposa, companheira foi ingrata e  maldosa; os  filhos não nos deram as alegrias que esperávamos, os negócios não nos realizaram profissionalmente ; Ainda  temos  dentro de nós  mágoas , ressentimentos e frustrações desse envolvimento. Riscamos o amor de nossas  vidas , para não nos aborrecermos  mais. Porém a  solidão não basta e há momentos  que sentimos vontade de voltar  a amar de novo. Mas  ai  nos controlamos e  pensamos : Não vou passar por tudo aquilo outra vez.
Sempre acreditamos no amor e perdemos, na bondade e temos  ingratidão, estudamos , trabalhamos ,mas  não nos realizamos porque não produzimos nada  de útil que  nos dê satisfação.

Se houvéssemos  mesmo acreditado no amor , teríamos obtido amor; se houvéssemos agido com bondade teríamos atraído amizade; se tivéssemos valorizado o nosso trabalho, teríamos nos realizado. Pensamos em ter esses sentimentos, porém  nossas atitudes eram sempre opostas a eles. Chamávamos  o Egoísmo de amor , a pieguice de bondade,   trabalho de meio de vida. A vida, nos responde de acordo com o que damos  a ela. Pensar que é e que se esta fazendo  , só serve para  mascarar a verdade.

Não sabemos  amar de outra forma. Somos  ciumentos e manipuladores. Pensamos que  a nossa companheira, esposa, namorada tem que  fazer tudo do nosso jeito.

Pensamos que  dar esmolas a alguém que  precisa e sentirmos pena  é   um  gesto de bondade nossa. Ter pena não é bondade. É julgar que as pessoas a que damos esmolas são incapazes. É pensar que somos melhores do que ela. Nunca percebemos isso? A esmola pode satisfazer  nossa vaidade, mas raramente ajuda. Ai perguntamos:  Então o que é ajudar aquele que  precisa?

É levantar a pessoa e fazê-la perceber que ela é capaz. É fazê-lo descobrir seu lado bom, é motivá-la a buscar algo melhor.

E com relação ao trabalho é errado encará-lo como um meio de vida?

Não. Ele é um meio de vida. Mas não é apenas isso. É através do trabalho que descobrimos as leis da natureza, desenvolvemos a nossa criatividade, aprendemos a nos relacionarmos com os valores e com as  pessoas. Ninguém chega a sabedoria sem haver valorizado o trabalho.

Procuremos meditar sobre  tudo isso que  falamos acima. Procuremos ouvir nossa sentimentos, prestar atenção aos nossos pensamentos, sejamos verdadeiros. Estudemos nosso comportamento.

Uma  maneira de fazermos  isso é  irmos  a  um lugar sossegado, tranquilo e nos isolarmos a fim de que possamos  meditar . Revermos  a nossa  vida com muita  atenção . Procuramos os nossos  ponto fracos  e, achando-os procurarmos vivenciá-los  de maneira que possamos consolidar esses pontos  fracos em pontos  fortes.

Quando não conseguimos  fazer essa  reflexão e aplicarmo-la aqui  na  terra  a fazemos impreterivelmente no mundo espiritual. Pois somente  lá escolheremos as situações que  devemos  passar em nosso retorno ao corpo carnal, para podermos vivenciar os valores que desejamos consolidar. Dessa maneira estamos planejando o nosso futuro. E em muitos casos escolhemos ou uma vida de dificuldades  a onde teremos  de conquistar cada  sucesso  mediante  aos  nossos  próprios esforços, ou uma em que  voltaremos   cheia de dinheiro   e conforto ,  a fim de sabermos  fazer bom uso dele.

Texto interpretado do livro "Contos do dia a dia "-de Zibia Gasparetto

segunda-feira, 7 de setembro de 2015

O Aborto - Uma reflexão

Quero aqui dividir uma opinião  a respeito do aborto  através de um texto do livro "Chama Eterna" - ditado pelo espirito Luiz Sergio. Espero que  vocês  possam refletir e também, quem sabe,  alterarem a forma  de verem e enxergar sobre  este  assunto tão polemico que  nos acompanha a bastante  tempo.

"Abençoados sejam os seres que já receberam do Senhor a preciosidade da vida, oportunidade que  dá a cada um o direito de viver da maneira que bem desejar. Analisando a escalada do espírito e sentindo bem palpável a sapiência de Deus,procuramos essa Chama Eterna, por ser divina, e a encontramos de várias voltagens, umas quase se apagando, e outras tão iluminadas que ajudam os que se encontram sem forças. E perguntamos: Deus,sendo bondade, iria criar diferentes alguns dos seus filhos? Jamais o Senhor diferenciou um de nós. Ele  é tão justo que criou os espíritos iguais, simples e inocentes, homem e mulher, portanto,ninguém é maior do que o outro na Criação. O mesmo ocorre em uma família,uns são bons, outros maus;embora os pais dêem  a mesma educação, uns estudam,outros negligenciam qualquer instrução. A culpa é dos  pais? Não. A culpa é de quem fez a escolha. Ouvimos dizer: " Se Deus nos criou simples e inocentes e falhamos, então algo deve ter acontecido, os maus são uma obra imperfeita de Deus!"
-É muito fácil combater algo que não queremos compreender. O livre arbítrio é uma lei que os justos respeitam e os fracos adulteram,mas Deus  nos presenteou quando atingimos a maioridade. Sendo Ele pai bondoso, espera pacientemente que cheguemos  ao final da estrada. Até lá teremos de estar sempre prestando exames  e nem sempre passando com louvor. Imaginemos uma criança sem passado,sem vidas sucessivas,crescendo junto à sua  família, recebendo dela uma educação cristã,mas relutando em assimila-lá. De quem pé  a culpa? Essa criança fez a sua escolha;recordemos que todos nós ja fomos uma criança de Deus,mas um dia encontramos a serpente e comemos a maçã, não porque nos obrigaram, mas porque, no decorrer da nossa evolução, fomos adquirindo tendências e, muitas vezes, não muito boas. A serpente é a imperfeição que se faz viva em nós; e a maçã é o momento em que , acreditamos no prazer do erro,vemos desintegrar a nossa roupa de pureza e nos defrontamos com os nossos corpos nus e não muito belos. Assim deixamos o "paraíso" e ganhamos a estrada da vida, ora comendo a maçã, ora roubando o pão do próximo. E o Pai, bondoso,ainda preocupado conosco, manda-nos Seus ministros que, caridosamente, se fazem visíveis nas palavras divinas para nos guiar. De outra forma, as quedas seriam mais terríveis. Não somos obras imperfeitas de Deus! Somos espíritos livres e, por isso,também temos o dever de arcar com as consequências dos nossos erros. A caminhada é longa, muitos não se transviam, mas os que erram sempre encontrarão alguém a lhes indicar a maneira amena de caminhar em direção à paz. Cada criatura é dona de seu espirito e de seis corpos, mas nem por isso podemos ir contra a lei que  nos regerá; a lei do amor, e quem ama não mata.
-Por que hoje no século XX e XXI(minha inserção),a  onde a ciência se faz presente, o homem deseja endurecer-se em relação a outrem, quando  sabemos que o nosso próximo é a continuação de nós mesmos? E a mulher que no passado era  desrespeitada, não tendo nem o direito de opinar, com o avanço do Planeta se fez dona de si mesma, em alguns aspectos, porque ainda é prisioneira do prazer.Ela está a matar em si a  mais  bela missão, que é a de cooperadora do progresso na Terra. A mulher, como uma das obras da natureza, é um solo fértil e necessário para a germinação das sementes divinas.E dia  após dia esse solo está sendo contaminado com detritos amorais, enfraquecendo-o, dificultando-o a receber boas sementes , que conduzam o Planeta a um maior progresso. Quando  a  mulher foi escolhida para a bendita missão de mãe, ela bem conhecia  as renuncias que teria  que fazer. Deus a nada nos obriga, mas  no coloca diante de toda a verdade.Portanto,a mulher , que veio com a missão de cooperadora de Deus, é uma peça  valiosa da natureza. Assim como estamos poluindo os rios, as matas, as nossas reservas ecológicas, estamos também matando a mulher. Ela  está ficando  poluída e em rios infectados não encontramo bons peixes, Muitas mulheres dizem que tem o direito de dizer não a maternidade, pois são donas do seu corpo. Certo. Não apenas donas dos seus corpos,porém ainda mais de seus espíritos, e estes precisam respeitar para serem respeitados. Quem mata não se respeita,porque não conhece a si próprio;se conhecesse não tentaria impedir a evolução do ser. O corpo da mulher veio diferente do corpo do homem, possuindo sensibilidade mais apurada;é nele que se encontra o intercâmbio da vida física com a espiritual; é através da mulher que se faz o transporte dos seres. A mulher é a barca por onde os espíritos transitam do mundo espiritual para  o físico. Notamos que o corpo , veste do espírito, no  ventre materno se vê rodeado de água, como frágil embarcação à procura de porto firme. A mulher  não é só a espécie feminina, é muito mais. Seu corpo possui sensibilidade maior, e ela, se respeitá-lo, poderá no futuro realizar fatos que fugirão às explicações científicas. Volto a dizer: não há diferença entre os espíritos do homem e  da mulher, eles são iguais, pois  são chamas eternas. A diferença está  no corpo físico. A mulher é de uma organização mais  adiantada-não por evolução do espírito, que fique bem claro- mas pela tarefa que tem de efetuar. Ela é o meio do qual se utiliza o Departamento de Reencarnação para trazer os espíritos  à terra. Veja bem a responsabilidade da mulher. Ela não é um  objeto para ser somente admirado ou cobiçado, é uma fonte energética cujos raios trarão benefícios se a fonte estiver pura e cristalina. Veja a responsabilidade,repito, de um espírito com o corpo feminino, que somente o está usando por usar, esquecido de que ao vesti-lo o fez para servir a  Deus. A mulher que, dizendo-se dono de seu destino, proprietária do seu corpo, assassina um irmão apenas porque não quer ter filhos está impedindo o progresso da vida.
-Devemos valorizar a  mulher, pois ela tem o direito de lutar por sua liberdade de fêmea,varando o mundo da matéria e se projetando além da vida física, em busca dos fluidos magnéticos do Planeta para compor a veste física dos seus  filhos. Se assim proceder, receberá espíritos superiores como filhos, espíritos que anseiam por ajuda a Terra, Todavia,muitas dificuldades enfrentam porque as " incubadoras divinas" estão queimadas de vaidade. A mulher que, ciente da sua responsabilidade , encontrar Deus através da fé e se dispuser ao serviço de Jesus terá.como teve Maria , a digna  tarefa de receber um espírito em missão. E não ficará só ai. Ela terá de dar ao seu filho uma educação calcada no Evangelho, porque os espíritos que encarnarem nas condições de serem considerados Espíritos mais ou menos elevados, que tem por missão servir de ponto de partida para a evolução da ciência e fornecer os materiais necessários aos inventos futuros,precisarão receber educação evangélica.Esses  espíritos quando encarnados terão um comportamento diferente: quase não se alimentarão-assimilarão os elementos nutritivos que a atmosfera contém. Por conseguinte, a mulher - mãe terá de dar ao filho educação amorosa, mas não dominadora.Poucas serão as escolhidas. Peçamos a Deus que elas compreendam o valor da maternidade e não matem em si  o germe da vida, porque a morte das esperanças é dor terrível para um espírito culposo.........."


sábado, 13 de junho de 2015

SÓ SE É O QUE SE É

O que é bom numa época não é em outra. Ou o que era mau numa época pode não ser em outra. O homem primitivo tinha outra noção de bem. Hoje, aquele bem do passado tornou-se um bem menor, o bem inadequado que se chama de mal ou bem menor. É um bem em que há mais ilusão, mais ignorância, enquanto no Bem Maior há mais consciência, as coisas são mais práticas e dão sempre melhores resultados.

Vamos, então, abraçando o nosso Bem Maior sem nos deixar acanhar pelos velhos pensamentos, pelo medo de assumir novas posições, novos valores, porque não vamos mais nos submeter aos medos, como temos feito até hoje. Nem nos submeter às crendices e às catástrofes, porque o Universo nos apóia incessantemente em tudo aquilo que fizermos. Se fizermos coisas ruins, vamos colher o ruim. Se fizermos coisas boas, vamos colher o bem. E não importa se no bem ou no mal, o Universo sempre nos apóia. Deus não escolhe, Deus não decide. Na verdade, quem decide é você. O apoio é sempre o mesmo, é sempre igual.

O que você assume, a vida assume. Se apoiou o medo, as negatividades, vai viver as negatividades. Se apoiou o rancor, os ressentimentos do passado, sem entender que foi você mesmo que causou tudo aquilo, continuando na posição de vítima e alimentando o ressentimento interior e se ainda hoje apóia isso, as dores e as feridas interiores acabarão por se somatizar em doenças físicas. Passará, então, por problemas graves na vida, os mesmos que você criou. Pois o Universo apóia o que você apóia. Mas se você mudou, se fez do dia de hoje o grande dia da sua vida, se fez desse nosso encontro algo muito especial, então já pode dizer:
- O passado não tem mais forças sobre mim. Assumo esse passado que criei; assumo que atraí essas pessoas para mim; assumo que me inferiorizei; assumo que me impressionei com o que as pessoas disseram e assumo que tudo isso aconteceu, porque dei licença e dei condição. Ignorando isso ou não, fui eu que dei. Inocente ou não, fui eu que dei. Portanto, como fui eu que dei, continua sendo eu que dou e quero ter uma nova leitura desse meu passado. Isso porque eu não me dava a dignidade de me apoiar e de me sustentar, de sustentar esse grande bem em mim, mas hoje, neste dia de libertação, declaro que só o bem tem forças sobre mim, só o bem é a verdade, só o bem vai se tornar realidade, porque estou no Bem Interior. Um bem que é exatamente o que me faz sentir bem. 

- Vamos, minha filha, largue essa vida toda, essas pessoas que não mais lhe interessam. Largue essas atividades que não têm mais nada a ver com você, que não fazem vibrar o seu coração. Pois a vida boa é a que faz vibrar o seu coração, que a faz acordar com prazer:

- Ah, vou lá, vou trabalhar naquele lugar. Que coisa boa! Gosto de ir lá, gosto do que eu faço. Ah, vou encontrar com tal pessoa, que é maravilhosa. Ah, está tudo bom na minha vida!

É só assim que vale a pena viver para ser produtivo para o ambiente. Agora, é preciso curar as feridas de dentro para você ficar bem. Primeiro, você tem que ser boa para você mesma, para depois poder ser boa para os outros. Que coisa mais interessante!

Tudo começa em nós.
Tudo acaba em nós.
Tudo muda sempre em nós.

Como essa coisa do eu verdadeiro foi tão ignorada ao longo da vida na compreensão das religiões, das filosofias. Quanta filosofia para tirar o poder do homem, para subjugá-lo a idéias de inferioridade, de imperfeição. Mas como é que a gente pode ser imperfeito? Se tudo vem da perfeição, como a obra pode ser imperfeita? Você não é imperfeito. Essa é uma maneira errada e ignorante de ver as coisas. Nós somos perfeitos para ser o que somos. Nós não temos que amar todo mundo com todo o bem. Amamos quem amamos e fazemos o bem que sabemos. E só isso que podemos ser: o que somos. Isso porque, minha gente:

O que é, é
E só é o que é.
O que não é, não é.

Não tem choradeira, não tem "mais isso, mais aquilo  " "Será?" Será também não tem. "Mas devia" ou "não devia" também não tem. Não tem nenhum outro verbo, nenhuma outra palavra ou preposição.

Se você só gosta de comer jabuticaba, minha filha, então, só gosta de comer jabuticaba. Se você não gosta de comer caju, não gosta de comer caju. Acabou. O que é, é. O que não é, não é. Não tem conversa. Não tem. O que é, é, enquanto é, porque tem dia também que muda. De repente, você aprende a gostar de caju. Mudou porque mudou. Então, o que é, é. Não adianta você se forçar a aceitar alguma coisa a pretexto de uma filosofia de sacrifício, de espiritualidade, de santidade, de dever, de honra, dessas besteiras todas do orgulho, porque só vai fazer você empurrar goela abaixo as porcarias que não quer comer e que não vai conseguir digerir ..

Por isso, quando não aguento, não aguento mesmo, entendeu? Pode ser que um dia aprenda a aguentar, mude a minha maneira de pensar. Mas agora é o que eu sou. Eu sou o que sou, sou o que eu sinto. E só vou fazer o que é bom em mim, o que me faz bem, o que me dá grandeza, o que me dá dignidade. Não quero saber o que é certo nem o que é errado. Nunca mais quero saber o que é certo nem o que é errado.

Cada um tem uma regra, uma medida. Assim, não fica criando confusão na minha cabeça. Para mim, o certo e o errado vão ser agora o que gosto e o que não gosto. Se eu não estou a fim de conversar com a pessoa, eu falo mesmo: agora estou pensando em outras coisas. E que se dane quem quiser interpretar mal e ser malvado, pois vai ter que dormir com a própria malvadeza na cabeça. Se quiser entender a minha condição com boa vontade, sorte da pessoa, que vai ficar com pensamentos bons. Eu sou o que sou. Cada um me vê como quer. E se me vir com os olhos ruins, os olhos da pessoa é que são ruins, os meus não são. Eu não sou responsável pelo modo como os outros me veem. Ah, quer me ver bonitinho? Pois que veja. Não quer, não veja. Importa o que eu vejo, meus olhos é que são importantes. Que me importa os olhos de vocês? Eu não vivo com os olhos de vocês. Por que dou tanta importância para o que o outro pensa? Não vivo com o pensamento dos outros. Ah, cansei!

Vou deitar na almofada, ficar lá naquela almofada macia, gostosa, sem revolta. Importa o que eu vejo. Importa o que eu penso. O que eu penso? Deixa eu pensar numa coisa boa para eu ficar bem. Deixa eu olhar com bons olhos para eu ficar bem  Deixa eu olhar o mundo com bons olhos para o mundo ficar bom para mim. O mundo pode parecer uma peste de ruim, mas o mundo é de quem olha. O mundo é neutro. Você é que tem os olhos ruins para olhar o mundo e depois diz que ele é que é ruim. O mundo não é bom nem é ruim. O mundo é o mundo. É a gente que olha:

- Ah, que coisa indecente, que coisa chocante, ai, ai, ai. ..
Fica cheio de ai, ai, ai, vendo o mundo bem mal. Mas quem vai dormir com a maldade? É você, seu tonto! É você que tem os olhos ruins. É o mundo que tem de mudar para você ficar bem? Não pense assim, não. Se também quiser pensar, paciência! Vai apanhar, apanhar até o dia em que aprender a pensar diferente. Mas se quiser despertar, você diz:

- Eu, hein? Eu quero ver tudo bem. A pessoa está dançando, se exibindo o dia inteiro. Ela está gostando, está feliz? Ah, ela está feliz, então está bom. Por que vou achar que é indecente? Não acho nada indecente. Não acho nada. Não tenho que achar nada de ninguém, cada um é o que é. Se está feliz, faça. Pelo menos está espalhando uma energia de alegria no ar. Mesmo que seja pornográfico, o que importa? Pelo menos, a pessoa está feliz. Melhor essa energia de felicidade do que a cabeça pesada das pessoas se reprimindo.

Essas pessoas que ficam na acusação, na malícia, na maldade, estão poluindo o planeta. Prefiro um monte de gente pornográfica e feliz do que esse bando de moralistas, com pensamentos negativos, recriminando, condenando, amaldiçoando, jogando essa energia ruim no ar. Ah, prefiro um bando de capeta safado e alegre a esse bando de religiosos, cheios de demônio nos olhos e no coração. Podem ser pornográficos, mas são todos engraçados e divertidos. Pelo menos, a energia que está em volta deles é agradável. Eu não tenho maldade nenhuma nos olhos, quero saber da alegria. Se tem alegria está bom; se não tem, não me interessa.

tirado do livro "Tudo pelo melhor"-Calunga-Luiz  Antonio Gasparetto.

Conquistar os outros não é tão importante, o que importa é conquistar você.

Conquistar os outros não é tão importante, o que importa é conquistar você.

Cada um deverá conquistar a si mesmo e mudar a si mesmo. Pois ninguém muda ninguém, não é verdade? Cada um tem responsabilidade diante de si. Não importa se, às vezes, a pessoa parece inocente, imatura, porque a vida ensina como tem ensinado você. A gente está confiando, portanto, na grande professora que é a vida. E se ela é uma grande professora que cuida de todos, não é você quem tem que se responsabilizar pela vida de ninguém: nem de filho, nem de marido, nem de mãe, nem de pai, nem de pobre, nem de rico, nem de nada. Nós não temos responsabilidade sobre a vida de ninguém. Quando alguém procura a nossa ajuda, a gente dispõe do que tem. Serviu, serviu. Se não serviu, paciência, vá procurar outro. Porque eu sou o que sou e dou o que tenho.
Dizer para dar o que você tem é na verdade dar somente o que gosta de dar. Não gosto de lidar com tal coisa, então não lido. Sou só bom no que sou. O bem em mim é o que eu faço com prazer e não com sacrifícios. Eu sou bom aqui, como Calunga, para dar esse empurrão nas pessoas. Gosto da alegria, do bem. Dou esse empurrão. Claro que dou, mas se a pessoa quer aceitar ou não, não é mais do meu domínio. A gente respeita a individualidade de cada um e se reserva as próprias forças para aquilo que a vida exige de nós para conosco. Então, cumpra a responsabilidade diante de si - a grande e a primeira responsabilidade de qualquer ser é diante de si - porque só mesmo o si tem acesso ao mundo interior. Então, a grande responsabilidade primeira é com você, e, se as coisas não vão bem, você é o responsável.
Se acordar para isso, não há quem o segure, porque, se você não se segura, quem vai segurá-lo? E a gente se segura, segurando-se nos problemas dos outros. A vida só faz o que você quer. Se você abriu, ela abriu. Se você fechou, ela fechou. Se deu, ela deu. Se tirou, ela tirou. Se você foi para a falta, faltou. E assim vai, minha gente.
Hoje é o dia que você vai escolher para dar a sua grande virada. Essas palavras não estão na sua vida hoje por acaso. Elas são um chamamento às suas preces, à sua vontade de crescer, de melhorar. A sua própria força de melhora atraiu essas palavras para você e eu sou apenas um humilde representante dessa grande força em nós, que está servindo de canal para lhe dizer: "Acorde, homem! Hoje é o dia de você virar a mesa".
Hoje vai ser o grande dia D, o dia da mudança, o dia em que você deixou de ser pamonha, tonto, cheio de piedade, cheio de submissão, cheio de sacrifício, de crenças negativas em nome da autodefesa, de medo, cheio de coitadinho, cheio dessas coisinhas de mimado, de ficar se protegendo feito uma criança tonta, debilóide. Liberte o seu espírito para fazer o que você gosta, para se tornar adulto, forte. Você também pode ser feliz!
O mal está na cabeça e é você que o mantém ali. O mal está na maneira de ver e não nas coisas vistas. Se você vê com o mal, o seu corpo reage criando o mal-estar avisando que o pensamento é inadequado. E se você insiste em crer nele, ele se tornará sólido e real em sua vida.
Vá, que o Universo vai consigo, minha filha. Largue o mal da cabeça, que o bem vai com você. Largue as dores e as feridas do passado, as coisas mal resolvidas. Olhe para dentro de você e perceba quantos ferimentos você guarda da época em que não se amava e não se tratava bem e atraía para você uma porção de coisas ruins: gente que não a tratou bem, gente que a desrespeitou, gente que a humilhou, gente que a desprezou, gente que a feriu e tripudiou em cima do seu fracasso. Isso estava de acordo com a sua cabeça da época, os pais, os professores, os amigos, tudo estava de acordo com a sua cabeça. Você não tinha essa dignidade para consigo. Você se submetia, dava muito poder ao que as pessoas falavam, se impressionava, se judiava, queria se vingar, porque estava ferida e você se fechou, se negou, dizendo:
- Não, não vou mais, nunca mais. Agora, vou fazer isso, fazer aquilo, porque onde já se viu 
E foi se fechando, se negando. Aquelas marcas e feridas que podem virar purgação, que podem virar doença foram ficando dentro de você. Mas neste dia que você escolheu para ser o seu dia especial, nós que fizemos esse dia juntos na amizade que nos une como seres humanos, eternos, vamos passar para uma outra coisa. Vamos virar a página do livro? Vamos dizer:
- Tudo aquilo que passei, fui eu que criei com a cabeça que tinha. Foi válido porque correspondia à minha própria ignorância. Sempre me anulei, me fechei, me escondi, temi o mundo, temi as pessoas. Sempre esperei muita coisa boa dos outros e nunca fiz muita coisa boa comigo. Então, colhi o que plantei. Venho fazendo isso quem sabe há muitas vidas na ignorância da verdade, aprendendo, através do sofrimento, a superar as ilusões e a descobrir os poderes que há em mim. Então, neste dia que estou virando a mesa, estou dizendo para mim, mas mais que dizendo, estou assumindo uma atitude: a de que o passado não tem mais força sobre mim, porque estou mudando em mim.

Quando eu mudo em mim,
o mundo muda para mim.
Essa é a chave da importância de tudo.

Tirado do livro "Tudo pelo melhor-"Calunga-Luiz  Antonio Gasparetto

terça-feira, 26 de maio de 2015

O EFEITO ESPELHO

                            O EFEITO ESPELHO


A vida vai sempre nos oferecendo meios de informação e de reflexão sobre o que se passa conosco até que todas as possibilidades se esgotem. A cada instante o nosso meio ambiente nos envia essas mensagens que nos fornecem constantemente informações corretas e profundas. Esse primeiro nível de mensagens mandadas pela vida para nos ajudar a compreender quem somos e o que temos de viver se chama "o efeito espelho". Na verdade, a vida busca apoio em numerosos suportes, a fim de se comunicar conosco e nos guiar, e cabe somente a nós escutá-la. Observando o que se passa ao redor de nós e o que os outros representam no nosso meio biológico, contamos com um campo inesgotável de compreensão a respeito de nós mesmos. É nessa compreensão da vida que se insere esse "efeito espelho", sobre o qual Carl Gustav Jung dizia: "Percebemos nos outros as outras mil facetas de nós mesmos."

O que é, pois, esse efeito espelho? Trata-se de um dos conceitos filosóficos mais difíceis de aceitar durante a minha busca pessoal.

Na verdade, significa que tudo aquilo que vemos nos outros é apenas um reflexo de nós mesmos. Quando algo nos agrada em alguém, geralmente se trata de uma parte de nós mesmos na qual não ousamos acreditar ou que não ousamos exprimir. Até então, o princípio é aceitável. Vamos mais longe. Quando não suportamos algo no outro, isso quer dizer que se trata de uma polaridade que também nos pertence, mas que não suportamos.

Recusamo-nos a vê-la, a aceitá-la, e não podemos tolerá-la no outro porque ela nos remete a nós mesmos. É isso que se toma muito mais difícil de admitir. Reflitamos, no entanto, sinceramente a esse respeito. Qual é a única parte do nosso corpo que jamais poderemos ver com nossos próprios olhos, mesmo sendo o melhor contorcionista do mundo? Trata-se do nosso rosto! Ora, o que representa esse rosto, para que serve? Representa nossa identidade e, aliás, é a sua foto que está colocada nas cédulas ditas de identidade. A única maneira que encontramos para ver o nosso rosto seria olhá-lo no espelho. Vemos, então, o nosso reflexo, a imagem que ele nos devolve. Na vida, o nosso espelho é o outro. O que vemos e a imagem que ele nos devolve são o reflexo fiel de nós mesmos, do que se passa conosco.

Isso ganha ainda mais força se acrescentarmos o fato de que "escolhemos" as pessoas que encontramos. Trata-se, então, de um tapa na cara! Trata-se de um tapa quando, por exemplo, encontramos pessoas injustas com freqüência. Isso nos obriga a refletir a respeito da nossa própria injustiça em relação aos outros. Reflitamos sobre a nossa avidez se encontrarmos pessoas ávidas com freqüência, sobre a nossa infidelidade se formos constantemente traídos.

Naturalmente, como eu mesmo já o fiz muitas vezes, não vemos, não encontramos em nós mesmos aquilo que somos, que nos desagrada ou nos incomoda no outro. Mas se formos totalmente sinceros, se aceitarmos nos observar realmente sem fazer julgamentos, logo descobriremos em quê o outro se parece conosco e quando fomos como ele. A vida é feita de forma que só vemos, só percebemos, só somos atraídos por aquilo que nos interessa, nos diz respeito.

O segundo elemento desse efeito espelho é que a nossa Consciência Holográfica, o nosso Não-Consciente, o nosso Mestre ou Guia Interior, nos levam ao encontro de pessoas que convêm. Esse princípio funciona tanto no sentido negativo como também no positivo.

Quando realmente queremos alguma coisa, é ele que faz com que encontremos, como que por acaso, as pessoas, os livros ou as emissões de radio ou de televisão que vão nos ajudar. Porém, é também o princípio que C. G. Jung chamava de fenômeno da "sincronicidade" que faz com que
encontremos as pessoas que nos "des-convêm", quando temos que compreender, mudar alguma coisa quanto à nossa atitude de vida. Aliás, às vezes é difícil perceber ou aceitar mas, em todo caso, a única pergunta que podemos nos fazer é: "O que é que eu tenho que compreender nesta situação?", ou mesmo: "O que é que este encontro, esta situação pode me ensinar?" Se formos sinceros, a resposta vem rapidamente. Aliás, os sacerdotes e budistas tibetanos dizem que na vida "os nossos melhores mestres (os que nos fazem agir, progredir) são os nossos piores inimigos, aqueles que nos fazem sofrer mais"...

Mas, infelizmente, muitas vezes permanecemos surdos ou equivocados no que diz respeito a essas mensagens que atentam para nos prevenir do que acontece e do que devemos trabalhar na nossa vida. Então, somos obrigados a ir mais adiante, ao encontro dos atos falhos, dos traumatismos, ou mesmo das doenças. Eles falam conosco mas é preciso aprender a decodificar a sua linguagem. Nós o faremos na terceira parte desta obra, estudando os diferentes elementos do nosso corpo, especialmente a função deles. Isso pode parecer inútil, pois se espera que todos saibam para que serve um braço, uma perna, um estômago ou um pulmão. Mas tudo o que temos é uma imagem parcial dessas partes de nós mesmos, das quais só compreendemos e só conhecemos a função mecânica.

Vale a pena ampliar a significação global dessa função, particularmente a sua representação, a sua projeção psicológica. Poderemos assim extrair daí a significação das tensões que se manifestam em um ponto ou outro do corpo.

Texto tirado do livro "Diga-me a onde  doi que te direi porque" de Michael Odoul

terça-feira, 12 de maio de 2015

O NOSSO CAMINHAR AQUI NA TERRA- UMA REFLEXÃO

Muitas vezes, em nosso caminho, deixamos que prevaleçam as ilusões do corpo físico. Quando chegamos aqui no planeta terra, enfraquecemo-nos, deixando o domínio do orgulho, do egoísmo e da vaidade demasiados nos vencer. Assim, todas as oportunidades que nos foi dada de revermos nossas faltas, com o auxílio de espíritos benevolentes na seara do incansável bem da vida infinita de cada um de nós, fica no esquecimento. Todos chegamos aqui com metas a cumprir e jamais estacionamos, e, por mais que deixemos algo pela metade, sempre estaremos amparados por algum espirito amigo a nos intuir princípios morais, que são a verdadeira essência a galgar para a evolução, até que alcancemos um equilíbrio aqui ou em outros planos.  Tudo que de bom aprendemos e usamos será um ponto para essa evolução se concretizar em beneficio não só nosso, mas de todos. O caminho a percorrer quase sempre é difícil, com muitos obstáculos a serem ultrapassados, portanto, quando se passa por insistentes crises de desânimo e lamento de sentimentos, como revolta, magoa, rancor, fracasso por não se ter alcançado tão esperada oportunidade, seja lá qual for o ideal, tornam-se necessárias a reflexão e uma prece a Deus. Muitas vezes, as pessoas devem entender que, com certeza, não serão as primeiras nem as últimas a se sentirem impotentes diante da misteriosa caminhada escrita por elas mesmas, portanto, devem se confortar, pois todos passaremos por muitos percalços para extrair de nossos sofrimentos grandes lições de amadurecimento e evolução. Não se entregar ao desalinho, não deixar que lamentáveis doenças apoderem-se do corpo físico, trazendo lamentáveis dissabores, e o que é pior, medo, angustia, amargura para o espirito, procurar reparar as provas que Deus nos confiou e não abraçá-las ainda mais, como se fosse o ser mais infeliz da face da terra, tudo isso faz parte do nosso caminhar.
Entre muitas doenças provenientes do estado emocional, o tumor maligno é uma das mais cruéis enfermidades que cresce admiravelmente, atingindo irmãos que se encontram em desarmonia, nutrindo sentimentos desprezíveis perante os grandes ensinamentos que lhes foram transmitidos. E, sem exceção, todos aqui ainda somos alunos.
Portanto, façam com que suas vidas sejam mais harmoniosas, tenham sempre equilíbrio. Eliminem de seus corações os sentimentos que possam vir a maltratar seus próprios destinos. Confiem , pois Deus sempre confiou e confia   em  vocês.

Alexandre Villas( espirito) do livro Uma longa espera psicografado por Fátima Arnolde.