quinta-feira, 18 de março de 2010

PORQUE NOS É TÃO DIFICIL PERDOAR

Todos nós seres humanos temos uma dificuldade imensa em perdoar o que os outros nos fazem.Principalmente quando nos tiram abruptamente àqueles a quem amamos.Sentimos um ódio imenso da pessoa que nos causou a dor.Estamos feridos mortamente pelo ocorrido.Queremos pegar, trucidar, fazer essa pessoa sentir a mesma dor que o nosso ente querido passou e pela qual passamos.Queremos vingança a qualquer custo, justiça…

Porém Deus somente quer que o perdoemos e entreguemo-lo a Ele para que Ele o redima.Mas nós queremos que Deus o machuque, o castique, o mande para o inferno.

Sabemos que é dificil esquecermos o que nos fazem e da forma como fazem. Mas Perdoar não significa esquecer,mesmo porque , tudo fica gravado em nossa memoria,sejam coisas boas ou más.Deus que é Pai , não esquece das coisas que fazemos.Pois caso isso acontecesse ,Ele estaria se limitando.E Deus não se limita.Significa, apenas, soltarmos a garganta da pessoa que nos machucou.Ou seja , nos liberarmos dessas amarras que construimos dentro de nós , pelo ódio, pela dor, pela mágoa.

Não nos esqueçamos que se somos filhos de Deus àquele que nos machucou também o é.Deus nos ama igualmente.E portanto, Ele quer que cheguemos a Ele da melhor forma possivel.

O perdão não estabelece relacionamentos.O Perdão é um poder maravilhoso, um poder que compartilhamos conosco,um poder que nos foi dado por Jesus, pois Ele, Jesus, reside dentro de nós, para que a reconciliação possa crescer.Quando Jesus perdoou àqueles que o pregaram na cruz,eles deixaram de dever qualquer coisa, tanto a Ele quanto a Deus. No relacionamento que as pessoas que nos causaram dor tem com Deus, Ele não comenta os seus atos e nem os constrangem ou envergonham-nos.

O perdão existe em primeiro lugar para aquele que perdoa,para libertá-lo de algo que vai destruí-lo, que vai acabar com sua alegria e capacidade de amar integral e abertamente.Todo aquele que nos prejudica de uma forma ou de outra, não se importa com os nossos sentimentos, com a nossa dor e o tormento que nos causa.Na realidade ele se alimenta de tudo isso que ele nos faz passar.Pergunto : Até quando vamos alimentar tal pessoa com esses sentimentos de ódio, mágoa, de dor, etc?O que devemos fazer para cortar esse elo?Simples, e ao mesmo tempo díficil. Devemos começar a perdoa-lo. Pois , somente assim iremos libertá-lo de um fardo que ele carrega, quer saiba ou não.Quando optamos por perdoar o outro, nós o amamos melhor.Ai voce pode perguntar, questionar: como posso amar uma pessoa que me prejudicou, que me fez mal, que matou alguem que amo,etc?. É óbvio que não amamos essa pessoa, mas Deus o ama.Não pelo que ele se tornou, mas pela criança mutilada e deformada pela dor .Deus quer ajudar essa pessoa a assumir a natureza que encontra mais poder no Amor e no Perdão do que no ódio.

Como já disse , o perdão não cria um relacionamento, a não ser que as pessoas falem a verdade sobre o que fizeram e mudem a mente e o comportamento, não é possível um relacionamento de confiança, em um primeiro momento.Quando perdoamos alguém libertamos esse alguém do julgamento ,mas, se não houver uma verdadeira mudança, não pode ser estabelecido menhum relacionamento verdadeiro.

O perdão não exige que a pessoa que perdoa finja que o que a pessoa fez nunca ocorreu.Como dissemos nos primeiros parágrafos, não esquecemos o que ela nos fez, apenas não damos mais a importância que o fato nunca mereceu de nós.Aprendemos a conviver com ele, mas sem guardarmos mais qualquer ódio, rancor, mágoa ou qualquer outro sentimento ruim dentro de nós.

Quando percebemos que a pessoa que nos fez algo mudou, vai nos permitir que comecemos a amá-lo.O perdão não exige de modo algum que confiemos naquele a quem perdoamos.Mas, caso essa pessoa confesse e se arrependa,descobriremos no seu coração um milagre que irá lhe permitir estender a mão e começar a construir uma ponte de reconciliação entre voces dois.Algumas vezes isso pode parecer incompreensível para todos nós, tanto para quem dá quanto para quem recebe o perdão, agora, mas essa estrada pode levar ao milagre da confiança totalmente restaurada entre as duas partes.

O perdão nada desculpa….A pessoa a quem devemos perdoar é uma pessoa presa.Presa dentro dela mesma.E nós não temos o direito de fazer justiça, deixemos que Deus em sua sabedoria e misericórdia saberá cuidar de tudo.

Pense bem em tudo o que comentamos aqui………..Começe bem devagarzinho a Perdoar àqueles que te fizeram ou te fazem sofrer.Repita, pois a nossa palavra tem um poder imenso, principalmente quando temos fé, “ EU TE PERDOOU”. E tenha a certeza que em determinado momento voce estará sentindo uma grande mudança dentro de voce.Pois a partir do momento em que voce começar a falar “ EU TE PERDOOU”, voce estará se auto perdoando e sentindo um sentimento novo crescendo dentro de voce.

Comentários feitos com base no livro A CABANA-pagina 209 a 211 de William P.Young.







quarta-feira, 3 de março de 2010

REENCARNAÇÃO -PREPARANDO-SE PARA A VOLTA

De tempos em tempos somos impelidos a retornar ao Planeta Terra, visando colocar em prática as lições aprendidas na erraticidade (plano espiritual) e que foram exaustivamente discutidas com nossos mentores...

Nem sempre foi assim. No começo de nossa evolução, passávamos pelo plano espiritual, muitas vezes sem compreender que tínhamos desencarnado, que o corpo físico tinha ficado pra trás. Em muitas dessas oportunidades continuávamos as brigas e guerras começadas aqui no plano terráqueo e seguíamos até sermos conduzidos a nova oportunidade, visando esquecer o passado, desfazer laços de ódio e morte.

Em algumas de nossas experiências na carne aproveitávamos alguma coisa mais, guiados por seres de luz que ao reencarnar, cumpriam elevada missão na Terra. Mas sem a presença amorosa deles ao nosso lado, caíamos novamente, fazendo a nossa ascensão em espiral, subindo e descendo, progredindo e retornando até sedimentar bem os ensinamentos a ponto de fazer o que achamos certo de forma natural.

Os avatares se sucederam, com suas doutrinas e exemplos variados, e sempre vai ser assim em todas as moradas do Pai. Sempre estaremos acompanhados dos mentores amorosos que nos guiam e nos esperam, numa paciência sem fim aliada a uma compaixão sem limites. Preferimos escolher outras companhias, que vibram ainda arraigadas ao sexo, ao dinheiro, ao poder e principalmente ao egoísmo, e por isso as companhias espirituais da Terra são ainda na sua maioria de espíritos atrasados.

Na medida em que ganhamos discernimento, mais responsabilidade vamos tendo no processo  de renascer, e mais valor damos a esse momento mágico que constitui nossa volta ao plano de provas e expiações libertadoras.

Imagine que você poderia ter a chance de viajar para um país estrangeiro, distante, onde ninguém saberia quem você é, o que fez, podendo recomeçar do zero. O que você prometeria? O que mudaria? Se tivesse orientadores amorosos, que conselhos eles lhe dariam? Pois foi exatamente isso que aconteceu conosco antes de reencarnar. Habitando o plano espiritual, fomos acolhidos em uma colônia espiritual. Alguns de nós puderam ir a colônias mais bonitas e luminosas, com grandes Universidades. Passaram anos estudando e trabalhando tentando interiorizar os ensinamentos superiores, e envolvidos naquele ambiente de paz e amor fraternal, puderam alçar vôos mais altos.

Outros foram levados a colônias mais perto da Terra, às vezes postos de socorro em zonas umbralinas, mas também construídas em um ambiente de trabalho e amor, podendo ali, refazer suas energias e aprender a trabalhar em prol do outro, a favor de sua recuperação, pois na maioria das vezes, ao desencarnar, levamos a consciência culpada, pelas promessas não compridas e pelo tempo perdido em banalidades sem fim.

Independente do local aonde fomos acolhidos, e do tempo que ficamos na erraticidade, chegou um dia em que aqueles que se ligam a nós por laços de amor secular e às vezes milenar, se reuniram conosco no momento crucial de definir as metas e soluções para que nossa vida atual pudesse ser a mais proveitosa possível do ponto de vista espiritual.

Reunidos em salas apropriadas nessas colônias, relembramos cenas do passado recente ou distante, pormenorizando nossas falhas e acertos, sendo assistidos por médicos e técnicos do astral que se especializaram em preparar reencarnações. Muitas vezes ligados em excesso a culpa que nos assola o coração e a consciência, atrapalhávamos o processo de renascimento, querendo carregar mais do que poderíamos, ou em outro extremo, pretendendo fugir das responsabilidades, como crianças que solicitam ao professor o adiamento da prova.

Mas os mentores amorosos, imbuídos da sabedoria necessária a melhor nos orientar, traçam os caminhos gerais de nossa vida terrena, deixando que nosso livre-arbítrio seja nosso guia dentre de determinados limites que devem nos proteger. São definidos os pais, em encontro na espiritualidade que visa dirimir eventuais antipatias e iniciar um vínculo energético que sustentará a gestação.

Momentos de medo, tensão, angústia, naturais antes de qualquer viagem, aconteceram com todos nós. Tivemos medo de errar, de não estar à altura da expectativa criada nas reuniões com os mentores. O temor maior era esquecer completamente nossas missões individuais, pois uma vez aqui encarnados, não estaríamos mais envoltos naquele ambiente de amor e trabalho dedicado ao Cristo que tanto facilitava nossa vida no plano espiritual.

Uma vez iniciado o processo de miniaturização, para acoplamento do nosso corpo perispiritual com o zigoto em formação, mergulhamos no esquecimento abençoado, embalados no sono da esperança, mas isso já é assunto para outro dia.

Se temos a oportunidade de acreditar na reencarnação, mesmo não nos lembrando de forma clara de nossa missão e compromissos assumidos na espiritualidade, devemos fazer o máximo para que o Cristo viva em nossos atos diários, caminhando rumo ao Pai maior.

Texto  de VICTOR RABELO