terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

COMO NOS DESAPEGAMOS E VENCEMOS AS BARREIRAS DA POSSESSIVIDADE

Todos nós sentimos medo. Este sentimento que esta  impregnado dentro de nós , se  não for bem trabalhado, somente  nos  trará consequencias  nefastas .
Temos  medo  de perder  a  vida, a quem amamos, os bens que  amealhamos  , a nossa relação com alguem , o nosso trabalho , a nossa  estima , sono, etc. 
Mas  este  tipo de medo  é em decorrencia do nosso apego e da nossa possessividade . Ou seja , o apego  é a base emocional desse sentimento. 
No livro "Encontro com Pai João" - de Pai João de Angola ,psicografado por Wanderlei  Oliveira  , nos  explica mais detalhadamente a respeito deste sentimento, que é abordado pela  Medicina Enregética.  Nele o  doutor  Inácio  nos diz  o seguinte:

" ........ A perda é algo aterrorizante.
...........Chamemos a todo esse conjunto de interesses (medo da perda) de Materialismo, que expressa o comportamento de apego à vida material e tudo que lhe diz respeito e que tem como efeitos as mais lamentáveis enfermidades morais, emocionais e mentais."

" ..........Como desapegar? Como vencer as barreiras da possessividade? A resposta é simples: aprendendo a lidar com as perdas,abrimos as algemas do apego e do medo de perder. Embora seja simples a resposta, não é fácil aplicar isso na vida."
"No estudos em torno dos medos humanos percebemos que, em sua maioria, eles estão relacionados a três perdas essenciais. A primeira é a perda da falsa autoimagem, a segunda é a perda dos relacionamentos tóxicos e a terceira é a perda do corpo físico.
Por trás de cada uma dessas perdas, existem três condutas distintas, profudamente adoecidas: Na primeira, encontramos a hipocresia provocada pelo desejo de sustentar uma autoimagem que não corresponde a nossa verdade pessoal;na segunda, registramos um estado de profunda carência afetiva  que tenta se suprir em relacionamentos tóxicos;na perda  do corpo físico impera o reinado do materialismo, que tenta negar a morte para alimentar a ilusão dos prazeres. Cada uma dessas perdas esconde um medo essencial: o de aceitar a propria realidade, o de perder ganhos efetivos secundários nas relações e o de morrer."
"Alguns chacras são afetados mais intensamente por essas três condições emocionais causadas pelo medo e isso prejudica a proteção energética e a imunidade perispiritual e física da grande maioria das pessoas na humanidade. Medo de ser quem realmente somos trava o chacra laríngeo, trazendo bloqueio na comunicação; o medo de abandonar ganhos afetivos secundários acelera o chacra solar em relação de exploração entre  vivos e o medo da morte polui o chacra cardíaco com a angústia de se ver diante dela."
".........A maioria das enfermidades físicas está de alguma forma entrelaçada a essa realidade, que é alvo de sérias pesquisas no mundo espiritual. Uma unha encravada ou um entupimento grave de artérias coronárias pode ter íntima relação com o medo. Um câncer fatal ou uma micose recorrente poder ser resultados de medos severos. È claro que não podemos excluir outras causas ao analisar tais enfermidades, porém, reduzí-las a simples exames da sorologia que apresentam o estudo imunológico dos agentes da doença é ignorar componentes fundamentais da saúde à luz do espirito imortal."
" O medo é a origem dos estados de ansiedade , de preocupação e de sobrecarga que alicerçam inúmeros quadros psicossomáticos, delírios e até senilidade precoce fortemente induzidos por um circuito de vida fechado e centrado em pavores e fantasias".

Reflitamos sobre esse  texto acima e procuremos exterminá-lo de dentro de nós ou pelo menos minimizá-lo......







A UNIÃO ENTRE PESSOAS

" Uma vez que os Espíritos simpáticos são induzidos a unir-se , como é que, entre os encarnados,frequentemente só de um lado há afeição e que o mais sincero amor se vê acolhido com indiferença e, até , com repulsão? Como é,além disso, que a mais viva afeição de dois seres pode mudar-se em antipatia e mesmo em ódio?"
" Não compreendes então que isso constitui uma punição, se bem que passageira? Depois,quantos não são os que acreditam amar perdidamente, porque apenas julgam pelas aparências, e que , obrigados a viver com pessoas amadas, não tardam a reconhecer que só experimentaram um encantamento material! Não basta uma pessoa estar enamorada de outra que lhe agrada e em quem supõe belas qualidades. Vivendo realmente com ela é que poderá apreciá-la. Tanto assim que, em muitas uniões, que a princípio parecem destinadas a nunca ser simpáticas, acabam os que as constituiram ,depois de se havarem estudado bem e de bem se conhecerem, por votar-se , reciprocamente, duradouro e terno amor, porque assente na estima! Cumpre não se esqueça de que é o Espírito quem ama e não o corpo , de sorte que ,dissipada a ilusão material, o Espírito vê a realidade."
Duas especies há de afeição: a do corpo e a da alma,acontecendo com frequencia tomar-se uma pela outra. Quando pura e simpatica, a afeição da alma é duradoura;efêmera a do corpo.Daí vem que,muitas vezes,os que julgam amar-se o  eterno amor passam a odiar-se,desde que a ilusão se desfaça."
                                        O Livro dos Espíritos, questão 939

Depois  de ler  alguns  livros espiritas  que  falavam a respeito de diversos  tipos  de relacionamentos  e , tambem, após  refletir  sobre todos os  meus relacionamentos concordo com o que é mencionado  no livro  "Um Encontro com Pai João "  de Pai João de Angola psicografado por  Wanderlei de Oliveira :

" ..... Os casamentos  fazem parte da grande ,maioria dos planejamentos  reencarnatórios, porém, são poucos os que conseguem se manter na direção do que foi programado..."

Alguns  casamentos  ou uniões  são considerados como "Acidentais", pois ocorrem de forma ocasional, fruto de interesses passageiros, pois  não estavam planejados antes do renascimento.
Algumas uniões minhas  com algumas  pessoas posso considerar  como  "Acidentais". Essas  uniões  foram  feitas devido a interesses como beleza fisica, sexo, carencia afetiva entre outros motivos...... E em todas  elas, principalmente  na  minha última relação é que consegui visualizar o que  acontecia  comigo e o que me levava a insistir neste tipo de relacionamento..... o Meu Orgulho.... e  o  meu Medo .Porém somente após dar inicio aos meus  estudos no campo do espiritismo  e que compreendi com maior  clareza a respeito disso. Hoje lendo este  livro, mencionado acima , me traz  mais  alguns ensinamentos que  ainda  necessito  ter............

"Embora  não tenham sido planejados, ninguem se vincula a outra pessoa sem um motivo justo.Quando é feito o planejamento reencarnatório, são levados em consideração as necessidades e tambem os interesses do reencarnante.
..........,prevalecem os interesses que conduzem quase sempre, às  necessidades de aprendizado das pessoas. ...... se uniram  por afinidade de interesses como sexo,beleza física, vida social e outros gostos pessoais que, com o tempo, fazem surgir as necessidades reais que os levaram a se unir, como  egoísmo, carência, medo e solidão."

Ninguem é vitíma de ninguém. Antes de  entrarmos em um relacionamento como casamentos ou uniões, ja  conhecemos algumas  coisas sobre os nossos  parceiros(as). Porém nunca  levamos  em consideração aquilo que  está a nossa frente.Pensamos que podemos  mudar  o nosso companheiro(a).

Quando nos unimos  por interesse a alguém  há um momento em que  só sobram as  necessidades de cada  um, que sempre existiram. Cada um deve responder e resolver por si mesmo aquilo que  é de  sua responsabilidade , de forma individual.

" ............. o casamento mesmo sendo acidental, tem uma  razão de ser?
Mesmo o que  não esta planejado tem um motivo para acontecer, não existe  acaso. Há leis vibratórias de sintonia, de necessidades morais, emocionais e psicologicas que foram forças  ativas na  união dos  dois."

"Caso tivesse um casamento provacional em sua  programação,...................
 "   ....Estaria planejado que ela teria muito o que  aprender sobre  o medo e a coragem na superação de obstáculos em clima de penúria  material e outras grandes e essenciais lições."
       "     O casamento provacional é um plano de vivência para a realização de um aprendizado. Isso é muito diferente do conceito popular de carma que se espalhou na cultura ocidental, no qual uma pessoa reencarna ao lado de outra para pagar dívidas por meio do sofrimento."
         "   O planejamento reencarnatório prevê as condições ideiais para o aprendizado que o espírito necessita realizar;o carma é  o que  a pessoa precisa aprender."
          "   Ninguem tem carma com o outro. Essa noção popularizada de que temos de fazer um resgate espiritual com outra pessoa é uma interpretação que merece reavaliação."
     "  Temos compromissos cármicos como nossa libertação pessoal e podemos sim necessitar e desejar auxiliar as pessoas que , de alguma forma, sofreram por decisões e atitudes de nossa parte. O planejamento é feito considerando esse reencontro, mas não  é a dor ou o sofrimento ao lado dessa pessoa que  faz com que  o carma posse se cumprir. O que faz a roda cármica girar é o que se aprende com os sofrimentos  e desafios da vida na aquisição sublime do amor. Esse conceito de pagar dívidas é muito insensato. È como se voce tivesse de suportar toda a desonestidade, crueldade ou insanidade de alguém como um efeito do que voce fez em outra  vida. Seria algi muito improdutivo e rígido, e o planejamento das reencarnações não comporta essa  inflexibilidade."
    "   Ninguém planeja sofrer. Planejamos a felicidade e a liberdade da consciência. O sofrimento decorre da ausência de habilidades e recursos ainda não adquiridos por nós em nossos relacionamentos e da nossa  falta de cuidados para conviver. A dor nessa perspectiva se torna impulsionadora. Sofrer  sem por sofrer  sem buscar uma reação positiva para sair do sofrimento é doença, e não planejamento."
    "   A forma limitada de pensar  que se não evoluirmos pelo amor o faremos pela dor, tambem solicita um melhor exame.Entre um e outro há um ponto de equilíbrio, um estagio intermediário."

Deixo  aqui  um pouco deste  ensinamento .... e caso desejem  leiam  este  livro  para terem um maior  aprendizado.