quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

APELO PELA CONCÓRDIA


Mensagem  de Eurípedes Barsanulfo transmitida no Hospital Esperança , que nos deve ser vir  de reflexão  e colocarmos em pratica em nossas  vidas.

“Irmãos de lide , Jesus seja a nossa inspiraçaõ!
Diante das batalhas intimas no longo aprendizado da educação espiritual, vezes sem conta somos assaltados pelo derrotismo e pela indiferença.
Necessário aferir o entendimento no intuito de melhor orientar nossos passos.
União não é tarefa simplesf de se concretizar.Concórdia é o trabalho lento e gradativo de vencer a carapaça de nosso egoísmo em direção a novas experiencias.
Nesse momento atribulado e de aferição pelo qual passa a Terra, concórdia é trabalhar pelo possível em detrimento do que seria o ideal. Preferível avançar alguns passos que estacionar ou recuar ante a oportunidade de realizaççao em conjunto.
Concórdia é entendimento. Não existe união sem entendimento, que é a capacidade humana de superar suas diferenças sem extingui-las, caminhando junto em busca de ideiais e realizações comuns.
Concórdia requer autencidade perante a consciência, trabalho digno ue motive o entendimento e a oração da indulgência-alimento para pacificar as relações.
Ninguém se fará servo de todos conforme a diretriz de Jesus caso não edifique a condição de servo de si mesmo.Ser servo de si mesmo é domar a fúria implacável e milenar do ego, colocando-o a serviço das nobres aspirações que começam a povoar nossos corações na direção da luz.
“ Assim não deve se entre vós”, orientou o nosso Pastor.
O circulo das relações legitimamente cristãs haverá de oferecer nova modalidade de convivência, que motive mudanças inadiáveis, em nosso próprio favor.
O medo e o ciúme, a desconfiança e a expectativa exarcerbada são raizes de inumeráveis conflitos.Sentimentos que patricinam a insegurança, o mal- entendido e a mal- querença.
A concórdia, portanto, é tecida com os fios afetivos da lucidez e da fraternidade. Não nos iludamos com o sentimentalismo que é o afeto cego e desorientado, desprovido de consciência, frágil.
Somente quem olha para si e reconhece com honestidade a natureza de suas sensações, mesmo as mais indesejáveis, é capaz de entender o que realmente sente por aqueles que diz amar.
Por tráz de muitos impulsos afetivos aparentemente enobrecedores, escondem-se antigas tendências de espezinhar com verniz.
Chega a hora de olharmos dentro e domesticá-las. Nada é impuro na natureza.
“Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros”
O amor é um desafio. Possuídos ainda por grilhões impiedosos de arrogância e narcisismo com enorme facilidade descuidaremos da vigilância sobre nossa compulsão em quere ser o maior.
Ao contrário, “ aquele que quiser torna-se o maior seja vosso servo”, afiança nosspo Guia e Modelo.
O servo de todos será aquele que consolidar em si mesmo a permanente conexão com o self glorioso, de onde brotam os sentimentos de pacificação, desprendimento,serenidade e completude.
NO clima interior de ligação com as correntes superiores  da vida,o servo alegra-se naturalmente com o êxito do próximo,percebe a utilidade das idéias alheias, cuida em respeitar os limites, pondera sempre que pode para alcançar o melhor, e distancia-se dos arroubos na paixão por cobranças que irritam e asfixiam.
Nesse coração ponderado e justo nasce a psicosfera da paz que abre as portas para o entendimento.
O servo de todos mantém o vínculo com o Mestre. Enquanto o ego patrocina a loucura, o servo de todos mantém-se atento e em sintonia com as Ordens Maiores que fluem, ininterruptamente,nas correntes da vida em estuante equilíbrio.
A mudança no sitema de relações nos ambientes redivivos da mensagem cristã constitui o apelo por concórdia, que verte do Mais Alto em direção à nossa sensibilidade.
Disciplinar a compulsão pela importância pessoal. Olhar sem subterfúgios para nosso intento desejo de brilhar perante os outros. São sentimentos inevitáveis!Nada mais natural depois de tanto tempo apegados a nós próprios!Negá-las, sim isso constitui um obstáculo ao crescimento.
“Sede unânimes entre vós;não ambiciones coisas altas, mas acomodai-vos às humildes;não sejais sábios em vós mesmos”
Não gostamos de ser criticados. Repudiamos a possibilidade de que alguém seja mais querido que nós mesmos. Sentimos injustiçados quando alguém nos corrige naquilo que precisamos. Chegamos a nos alegrar com os tropeços alheios para nos fazermos mais fortes perante outrem.Não conseguimos conter o impulso maledicente da língua para diminuir o brilho do outro.Raramente nossa alegria com o êxito de alguém representa consciência do bem pela obra do Cristo.Fazemo-nos indiferentes as habilidades que florescem nos companheiros de tarefa. O melindre azorraga-nos quando uma decisão é tomada sem nossa participação. A inveja assalta-nos impiedosamente, quandoalguém produz algo mais criativo e valoroso que nós.Adotamos a teimosia quando não queremos seguir as recomendações que não concordamos. Disputamos  e títulos como se ,à luz da Boa Nova,isso fosse privilégio e indício de espiritualização. A presunção entorpece-nos a ponto de acreditarmos ter todas as respostas para a vida alheia.Invadimos o mundo íntimo das pessoas como se tivessemos um alvará de quebra de limites, tão somente, por acreditar-nos bons o suficiente para entender o que se passa por dentro do coração alheio.Elegemos modelos de conduta,estabelecendo rótulos com os quais expedimos juízos de suposta verdade sobre o comportamento de nossos amigos.
Olhemos com mais carinho esses sentimentos sem cobrar-nos tributos morais. Essa é a mais cristalina verdade sobre nós mesmos, da qual não devemos nos envergonar!
Se alguma razão há para nos envergonharmos é a de não  nada para tra nsformarmos a natureza egocentrica,sob a qual ainda nos encontramos escravizados.
Nos lances conflituosos da vida interpessoal, os percalços não se encontra fora, mas dentro de nós próprios.
Essa gama de reflexos no terreno de nossos sentimentos responde pelas decepçoes e perdas  amorosas.
“A quem, então,há de o homem responsabilizar por todas essas aflições, se não a si mesmo? O homem,pois, em grande número de casos, é  o causador de seus próprios infortunios:mas, em vez de reconhece-los acha mais simples, menos humilhante para a sua vaidade acusar a sorte, a Providência, a má fortuna, a má estrela, ao passo que a má estrela é apenas a sua incúria”
Jesus nos aceita em Sua Obra como somos, Entre nós, porém,grassam disputas enfermiças e desgastantes para aferir quem é o maior.As relações são pertubadas pelo sutilezas do orgulho,criando gládios intermináveis que entorpecem os raciocínios,minam as forças morais e convidam à obsessão.
Nas tarefas cristãs existem trabalhos de variadas envergaduras. Isso não significa que existam servidores mais ou menos importantes. O serviço do Evangelho no mundo é urgente.Nem por isso somos essenciais. O aprendiz das letras cristãs deve regozijar-se pelo fato de estar na Vinha do Senhor.
Os formadores de opinião vigiem suas expressões de trabalho.Não confudamos capacidade realizadora com preparo cristão.
Quanto mais conhecimento e tempo no contato com as verdades espiritas mais riscos de se apegar às convicções pessoais. A experiência costuma causar a sensação de grandeza e acerto.Nesse clima de descuido,surgem as expressões mais destrutivas da arrogância que nos é pertinente. Achamo-nos capazes bastante para esquadrinhar com precisão o que vai na alma do semelhante.
As tarefas  não nos colocam maiores uns perante os outros.Elas engrandecem-nos perante a nós mesmos.Quaisquer sentimentos derivados da necessidade de realce são indícios de enfermidade moral.
“Assim não deve ser entre vós”. O clima espiritual de muitas organizações cristãs atuais periclita por deixar de estudar as razões sistêmicas que as tem enfraquecido. Pequenos gestos de desamor, ou mesmo a simples ignorância sobre o que verdadeiramente sentimos uns pelos outros, são fagulhas perigosas no sistema das relações aptas incendiar as mais caras afeições.
Sejamos francos! Todavia, vigiemos as expressões da sinceridade mórbida, aquela em que expressamos a realidade do que sentimos, mas nutrindo expectativas de adaptar o próximo os nossos sentimentos.
A honestidade emocional conosco é potente profilaxia contra a arrogância.
Assumamos sem receios nossa  falibilidade escolhendo revermos nossas convicções,especialmente as que temos em relação àqueles com os quais ainda não tenhamos hrmonizado.Rever convicções é ter a coragem de analisar os fatos sob outra perspectiva.Isso nos levará aos novos aprendizados.
A concórdia não existirá apenas com sonhos fantasistas,abraços de saudade e desculpas passageiras.São necessárias atitudes. Atitudes de amor para conosco também.Atitude de amar-nos tanto quanto merecemos: um desafio de proporções graves para almas com pouco discernimento entre egoismo e auto-amor.
A paz seja entre vós……………….”
Tirado do livro Quem sabe pode muito .Quem ama pode mais.
Wanderley de Oliveira.