Mensagem de Eurípedes Barsanulfo
transmitida no Hospital Esperança , que nos deve ser vir de reflexão e
colocarmos em pratica em nossas vidas.
Diante das batalhas intimas no longo
aprendizado da educação espiritual, vezes sem conta somos assaltados pelo
derrotismo e pela indiferença.
Necessário aferir o entendimento no
intuito de melhor orientar nossos passos.
União não é tarefa simplesf de se
concretizar.Concórdia é o trabalho lento e gradativo de vencer a carapaça de
nosso egoísmo em direção a novas experiencias.
Nesse momento atribulado e de aferição
pelo qual passa a Terra, concórdia é trabalhar pelo possível em detrimento do
que seria o ideal. Preferível avançar alguns passos que estacionar ou recuar
ante a oportunidade de realizaççao em conjunto.
Concórdia é entendimento. Não existe
união sem entendimento, que é a capacidade humana de superar suas diferenças sem
extingui-las, caminhando junto em busca de ideiais e realizações
comuns.
Concórdia requer autencidade perante a
consciência, trabalho digno ue motive o entendimento e a oração da
indulgência-alimento para pacificar as relações.
Ninguém se fará servo de todos
conforme a diretriz de Jesus caso não edifique a condição de servo de si
mesmo.Ser servo de si mesmo é domar a fúria implacável e milenar do ego, colocando-o a serviço das nobres aspirações
que começam a povoar nossos corações na direção da luz.
“ Assim não deve se entre vós”,
orientou o nosso Pastor.
O circulo das relações legitimamente
cristãs haverá de oferecer nova modalidade de convivência, que motive mudanças
inadiáveis, em nosso próprio favor.
O medo e o ciúme, a desconfiança e a
expectativa exarcerbada são raizes de inumeráveis conflitos.Sentimentos que
patricinam a insegurança, o mal- entendido e a mal- querença.
A concórdia, portanto, é tecida com os
fios afetivos da lucidez e da fraternidade. Não nos iludamos com o
sentimentalismo que é o afeto cego e desorientado, desprovido de consciência,
frágil.
Somente quem olha para si e reconhece
com honestidade a natureza de suas sensações, mesmo as mais indesejáveis, é
capaz de entender o que realmente sente por aqueles que diz amar.
Por tráz de muitos impulsos afetivos
aparentemente enobrecedores, escondem-se antigas tendências de espezinhar com
verniz.
Chega a hora de olharmos dentro e
domesticá-las. Nada é impuro na natureza.
“Nisto todos conhecerão que sois meus
discípulos, se vos amardes uns aos outros”
O amor é um desafio. Possuídos ainda
por grilhões impiedosos de arrogância e narcisismo com enorme facilidade
descuidaremos da vigilância sobre nossa compulsão em quere ser o
maior.
Ao contrário, “ aquele que quiser
torna-se o maior seja vosso servo”, afiança nosspo Guia e Modelo.
O servo de todos será aquele que
consolidar em si mesmo a permanente conexão com o self glorioso, de onde brotam
os sentimentos de pacificação, desprendimento,serenidade e
completude.
NO clima interior de ligação com as
correntes superiores da vida,o servo alegra-se naturalmente com o êxito do
próximo,percebe a utilidade das idéias alheias, cuida em respeitar os limites,
pondera sempre que pode para alcançar o melhor, e distancia-se dos arroubos na
paixão por cobranças que irritam e asfixiam.
Nesse coração ponderado e justo nasce
a psicosfera da paz que abre as portas para o entendimento.
O servo de todos mantém o vínculo com
o Mestre. Enquanto o ego patrocina a loucura, o servo de todos mantém-se atento
e em sintonia com as Ordens Maiores que fluem, ininterruptamente,nas correntes
da vida em estuante equilíbrio.
A mudança no sitema de relações nos
ambientes redivivos da mensagem cristã constitui
o apelo por concórdia, que verte do Mais Alto em direção à nossa
sensibilidade.
Disciplinar a compulsão pela
importância pessoal. Olhar sem subterfúgios para nosso intento desejo de brilhar
perante os outros. São sentimentos inevitáveis!Nada mais natural depois de tanto
tempo apegados a nós próprios!Negá-las, sim isso constitui um obstáculo ao
crescimento.
“Sede unânimes entre vós;não
ambiciones coisas altas, mas acomodai-vos às humildes;não sejais sábios em vós
mesmos”
Não gostamos de ser criticados.
Repudiamos a possibilidade de que alguém seja mais querido que nós mesmos.
Sentimos injustiçados quando alguém nos corrige naquilo que precisamos. Chegamos
a nos alegrar com os tropeços alheios para nos fazermos mais fortes perante
outrem.Não conseguimos conter o impulso maledicente da língua para diminuir o
brilho do outro.Raramente nossa alegria com o êxito de alguém representa
consciência do bem pela obra do Cristo.Fazemo-nos indiferentes as habilidades
que florescem nos companheiros de tarefa. O melindre azorraga-nos quando uma
decisão é tomada sem nossa participação. A inveja assalta-nos impiedosamente,
quandoalguém produz algo mais criativo e valoroso que nós.Adotamos a teimosia
quando não queremos seguir as recomendações que não concordamos. Disputamos e
títulos como se ,à luz da Boa Nova,isso fosse privilégio e indício de
espiritualização. A presunção entorpece-nos a ponto de acreditarmos ter todas as
respostas para a vida alheia.Invadimos o mundo íntimo das pessoas como se
tivessemos um alvará de quebra de limites, tão somente, por acreditar-nos bons o
suficiente para entender o que se passa por dentro do coração alheio.Elegemos
modelos de conduta,estabelecendo rótulos com os quais expedimos juízos de
suposta verdade sobre o comportamento de nossos amigos.
Olhemos com mais carinho esses
sentimentos sem cobrar-nos tributos morais. Essa é a mais cristalina verdade
sobre nós mesmos, da qual não devemos nos envergonar!
Se alguma razão há para nos
envergonharmos é a de não nada para tra nsformarmos a natureza egocentrica,sob
a qual ainda nos encontramos escravizados.
Nos lances conflituosos da vida
interpessoal, os percalços não se encontra fora, mas dentro de nós
próprios.
Essa gama de reflexos no terreno de
nossos sentimentos responde pelas decepçoes e perdas amorosas.
“A quem, então,há de o homem
responsabilizar por todas essas aflições, se não a si mesmo? O homem,pois, em
grande número de casos, é o causador de seus próprios infortunios:mas, em vez
de reconhece-los acha mais simples, menos
humilhante para a sua vaidade acusar a sorte, a Providência, a má fortuna, a má
estrela, ao passo que a má estrela é apenas a sua incúria”
Jesus nos aceita em Sua Obra como
somos, Entre nós, porém,grassam disputas enfermiças e desgastantes para aferir
quem é o maior.As relações são pertubadas pelo sutilezas do orgulho,criando
gládios intermináveis que entorpecem os raciocínios,minam as forças morais e
convidam à obsessão.
Nas tarefas cristãs existem trabalhos
de variadas envergaduras. Isso não significa que existam servidores mais ou
menos importantes. O serviço do Evangelho no mundo é urgente.Nem por isso somos
essenciais. O aprendiz das letras cristãs deve regozijar-se pelo fato de estar
na Vinha do Senhor.
Os formadores de opinião vigiem suas
expressões de trabalho.Não confudamos capacidade realizadora com preparo
cristão.
Quanto mais conhecimento e tempo no
contato com as verdades espiritas mais riscos de se apegar às convicções
pessoais. A experiência costuma causar a sensação de grandeza e acerto.Nesse
clima de descuido,surgem as expressões mais destrutivas da arrogância que nos é
pertinente. Achamo-nos capazes bastante para esquadrinhar com precisão o que vai
na alma do semelhante.
As tarefas não nos colocam maiores
uns perante os outros.Elas engrandecem-nos perante a nós mesmos.Quaisquer
sentimentos derivados da necessidade de realce são indícios de enfermidade
moral.
“Assim não deve ser entre vós”. O
clima espiritual de muitas organizações cristãs atuais periclita por deixar de
estudar as razões sistêmicas que as tem enfraquecido. Pequenos gestos de
desamor, ou mesmo a simples ignorância sobre o que verdadeiramente sentimos uns
pelos outros, são fagulhas perigosas no sistema das relações aptas incendiar as
mais caras afeições.
Sejamos francos! Todavia, vigiemos as
expressões da sinceridade mórbida, aquela em que expressamos a realidade do que
sentimos, mas nutrindo expectativas de adaptar o próximo os nossos
sentimentos.
A honestidade emocional conosco é
potente profilaxia contra a arrogância.
Assumamos sem receios nossa
falibilidade escolhendo revermos nossas convicções,especialmente as que temos em
relação àqueles com os quais ainda não tenhamos hrmonizado.Rever convicções é
ter a coragem de analisar os fatos sob outra perspectiva.Isso nos levará aos
novos aprendizados.
A concórdia não existirá apenas com
sonhos fantasistas,abraços de saudade e desculpas passageiras.São necessárias
atitudes. Atitudes de amor para conosco também.Atitude de amar-nos tanto quanto
merecemos: um desafio de proporções graves para almas com pouco discernimento
entre egoismo e auto-amor.
A paz seja entre
vós……………….”
Tirado do livro Quem sabe pode muito
.Quem ama pode mais.
Wanderley de Oliveira.
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