sexta-feira, 7 de setembro de 2012

RELACIONAMENTOS, PORQUE DÃO ERRADO?


            
Porque os relacionamentos entre os casais acabam de uma maneira  em que  todos  sofrem?
.A resposta  é simples! Lendo o livro  “Despedindo-se  da Terra “ de André Ruiz, encontrei uma  explicação muita  simples  e que deve ser  refletida por todos.Refletida pois, a maioria de nossos relacionamentos se  baseiam em atender  o nosso Orgulho, o nosso Egoismo e  as nossas  Vaidades.

Neste  livro uma  das personagens tenta simular uma situação que ela mesma criou, falando a respeito da sua situação conjugal, e veja  o que  ela  escutou :

“Glaucia fala para Marisa:

“Confie em você mesma e não se deixe levar por fantasmas ou suspeitas que podem não ser verdadeiras. Além do mais, há períodos na vida das pessoas durante os quais os interesses físicos se tornam menos ativos, sem que isso corresponda a uma diminuição do afeto. Seja você aquela que se mantém como amiga de quem você  ama, conversando sobre as coisas normais da vida, não o intimidando com interrogatórios ou suspeitas, fazendo-o se sentir querido nestes momentos difíceis para que, se ele estiver realmente envolvido com alguém ou com o desejo de se envolver, o seu modo de proceder mais ameno, agradável, suave, possa atuar a seu próprio benefício, fazendo-o se sentir seguro ao seu lado e sem nada que o empurre para o passo errado nem, o estimule a uma conduta da qual ele sabe que pode se arrepender.

Sempre que as mulheres se colocam a disputar o mesmo homem, aquelas que são mais novas na relação levam, inicialmente, uma grande vantagem porque produzem estímulos diferentes na psique masculina. No entanto, os homens que se acham comprometidos com um relacionamento anterior se sentem inseguros em modificarem sua situação, colocando em risco a segurança do que já conhecem, quando a antiga companheira se mostre segura de seu carinho, amiga e compreensiva com as fraquezas do outro, sem fazer pressão ou criar situações de desgaste. Aí está a grande vantagem do relacionamento antigo diante daquele que parece novidade.Se vocês tinham um bom entendimento físico antes, se você continua sendo uma pessoa atraente, se nada mudou na estrutura material da vida a dois, a se considerar que elea possa estar realmente tendo um envolvimento externo, esteja certa de que, a euforia da novidade acaba perdendo para a segurança da união já estabelecida,principalmente se a antiga companheira sabe entender esse momento difícil pelo qual ele possa estar passando e, ao invés de vê-lo como seu homem, entenda-o como seu filho,em um processo de crise afetiva.

Mas Marisa   questiona :

- Mas essa é a teoria da “Amélia”. Aguenta tudo calada e se faz de morta para não perder o marido...

Glaucia responde:

 Algumas pessoas interpretam as coisas por esse lado, mas eu acho que, de uma forma ou de outra, todos nós precisamos aprender a ter certa dose de tolerância com os nossos próprios equívocos. E, como não somos infalíveis, também admiramos a paciência que outras pessoas possam ter a respeito de nossos erros, dando-nos oportunidades de nos corrigirmos e retomarmos o caminho correto.
A expressão “Amélia”, não pode ser a vulgarização da inércia amedrontada perante a solidão. Pode significar a mulher sem vontade própria, capacho do companheiro, afetivamente dependente dele para tudo. Não é isso, no entanto, o que estou dizendo.

 É uma postura ativa, corajosa, de iniciativa no bem, sobretudo como forma de auxiliar o companheiro a vencer a dificuldade que esteja enfrentando. É não hostilizá-lo no momento da dificuldade ou da dúvida e, ao contrário, procurar deixar caminhos abertos para o entendimento sincero, mesmo que isso possa significar a atitude madura de deixá-lo livre para viver a aventura que esteja desejando viver.

Poucos homens resistem a uma postura sábia da antiga companheira que, longe de temer perdê-lo para uma mais jovenzinha, coloca as coisas neste ponto, dando-lhe liberdade para assumir o novo relacionamento a fim de que, se isso o faz feliz, ele se permita buscar a tão sonhada felicidade.

A mulher que se posiciona com tal decência, que não se esconde atrás do silêncio das portas para chorar suas mágoas e, depois, fingir que tudo está bem como sempre esteve, demonstra ao seu companheiro uma tal capacidade de administrar-se e uma tal força, que isso causa um impacto positivo na estrutura do homem, sempre esperando uma mulher chorosa, tempestuosa, ameaçadora, escandalosa ou quase suicida.

Todas as vezes que as mulheres se permitem esse comportamento desesperado,demonstram que não valem os esforços dos seus companheiros para manterem o relacionamento que tinham com elas. Afiguram-se a crianças mimadas, chorosas,chantagistas, que desejam valer-se de truques e sortilégios para manter seus homens.

Isso as diminui diante dos olhares masculinos, que passam a ter certeza de que elas são mais um estorvo ou uma pedra no sapato, do que uma mulher forte e segura que eles admiram.

Essa força e segurança, geralmente, é característica da amante ou da pretendente que, com seu discurso compreensivo, deixa o homem à vontade para decidir o momento certo em que vai romper o relacionamento antigo para ficar com a novidade.

E, assim, a esposa acaba empurrando o marido inseguro e criança para os braços da outra que, no fundo, não é em nada diferente dela própria. Só está sabendo jogar com as armas que possui, usando sensualidade e astúcia para semear no objeto de sua conquista os valores que a esposa já devia ter semeado desde já muito tempo.

Todas as vezes que a esposa recusa essa figura da “Amélia” tradicional, e passa a atuar como alguém que tem segurança em si mesma, que não se deixa iludir por fingimentos, que conversa com franqueza e deixa o companheiro perceber que ela está interessada na sua verdadeira felicidade, ainda que seja com outra pessoa, isso causa,como já disse, um forte impacto no Espírito masculino que, em momento algum está esperando tal reação por parte dela. E, mais do que isso, o homem razoavelmente esclarecido saberá que poucas mulheres terão tal autoconfiança que lhes permita agir dessa forma, o que se transforma em um ponto favorável na avaliação do cenário por parte dele, a fim de que as dúvidas e incertezas produzidas pela expectativa da aventura nova se dissipem ao Sol forte e firme da conduta da antiga companheira, capacitada para obter dele a avaliação justa a respeito de suas virtudes e valores.

Se o marido resolve, mesmo assim, viver a aventura, poderá fazê-lo às claras, não mais na clandestinidade que, por si só, traz consigo um ingrediente estimulante e atraente. Quando o que era proibido e sigiloso passa a ser permitido e público, tudo perde um pouco a emoção e o relacionamento espúrio passa a ser um outro relacionamento normal, sujeito aos mesmos problemas de um casamento tradicional.

Já não há inimigos a vencer, coisas a esconder, cumplicidade a ser mantida no clima da batalha secreta que une ambos contra o inimigo comum: a esposa enganada.

Como a esposa já se posicionou liberando o marido para que siga seu caminho,tanto ele quanto a nova companhia estarão presos, agora, um ao outro, tendo que administrar os mesmos problemas que o casal que se desfaz, provavelmente, já tinha equacionado há muito tempo no relacionamento antigo.

Agora, se o homem estava apenas envolvido pela emoção nova produzida pela ardente experiência, a postura adulta de sua esposa produzirá nele um choque de tal natureza que será capaz de reconduzi-lo à consciência de si próprio, lembrando-lhe que será muito difícil que a amante possua a nobreza que a própria esposa está demonstrando ao lhe permitir, sem escândalos, viver a aventura da maneira como lhe pareça boa.

Nenhum homem é capaz de trocar uma mulher segura e amiga incondicional por uma aventura arrojada que pode se revelar um grande problema logo mais adiante.Mesmo quando a sexualidade interfira na opção inicial, fazendo com que alguns homens imaturos busquem aventuras com “corpos femininos” para saciarem suas dependências psicológicas, ao se depararem com as “almas femininas”, exigentes,caprichosas, ciumentas, mesquinhas, escondidas dentro dos corpos torneados; esses mesmos homens começam a observar que, em geral, essas “novidades” acabam muito piores do que as antigas companheiras, que os deixaram livres para que quebrassem a cara nas aventuras físicas.

Marisa pergunta:

Essa é uma teoria muito bonita, mas  alguma mulher a segue?

Glaucia  continua :

No fundo, todas fazemos as mesmas coisas sempre, buscando demolir o traidor com a volúpia de um trator, para vê-lo despedaçado. Não é isso que acontece?

Acho que é essa a escolha que a maioria tem adotado porque não tem segurança no próprio afeto que diz nutrir pelo companheiro.
  
Quando a pessoa ama de verdade, sua preocupação com a felicidade do outro vem em primeiro lugar e isso inclui, inclusive, essa capacidade de renunciar para que o outro ou a outra possa procurar a sua felicidade pessoal. Preferimos, nos transformar em gaiolas douradas, cheias de riquezas ou tesouros, mas que se mantenham fechadas ao redor daqueles a quem nos devotamos. Cada uma das barras desta jaula nós a construímos com um dos serviços que lhes prestamos. Assim, transformamos nossas concessões sexuais em algumas partes da jaula. Convertemos a roupa que lavamos, a comida que cozinhamos, os filhos que criamos em outras tantas barras dessa gaiola.

Usamos o dinheiro que ganhamos, as dívidas que fazemos, os ciúmes que demonstramos, os trejeitos físicos como outras fontes de aprisionamento, mas, em momento algum, aceitamos que os nossos companheiros ou companheiras devem ser livres para voar para onde quiserem. Enquanto não formos assim, jamais teremos certeza de que estão conosco por aquilo que representamos em suas vidas e não porque estão suficientemente amarrados a nós, sem poderem escolher ou sem terem coragem de
arriscar coisa diferente.

Quando alguém não é livre para partir, a sua permanência não indica alegria por estar do nosso lado.

Somente quando as portas da gaiola estão abertas é que podemos admirar a fidelidade daquele que está ao nosso lado, que mesmo podendo partir, continua ali por nos amar e por nos querer verdadeiramente.

É por falta desse sentimento real que a maioria das mulheres se permite essa estratégia de agir para amarrar com suas teias pegajosas, nas disputas umas com as outras, aqueles que consideram o seu patrimônio e sobre o qual devem exercer uma vigilância canina e cruel.

De qualquer forma, poucas delas conseguem desfrutar de uma felicidade real ao lado da pessoa que dizem amar.

Prender alguém, por mais dourados que sejam os laços ou as correntes, não deixa de ser uma prova de desamor.

E ainda que conseguíssemos passar por cima do companheiro e sua nova companhia, destruindo a felicidade de ambos, arrasando-os para sempre, isso não nos faria felizes por recuperar o ser amado de nosso coração.

Seria apenas, como tem sido sempre, a expressão de nossa animalidade que não suporta perder uma disputa.

Isso tudo é fruto do nosso orgulho e não do amor que dizíamos ter por aquele ou aquela que nos trocou por outra companhia.

Diga sempre , a que, você ama, que tem tanto amor por ele que, se acontecer de encontrar alguém que a faça mais feliz do que eu o esteja fazendo, está autorizado a me deixar e seguir com essa pessoa para construir sua felicidade ao lado dela.
  
Quem verdadeiramente ama , fala sempre e não em tom de ameaça. Fale, antes de tudo, como uma amiga que quer a sua felicidade verdadeira e que será mais feliz em vê-lo bem com outra do que vê-lo triste na minha companhia. Não suportaria uma vida ao lado de alguém que tivesse que me abraçar, me acariciar, de maneira forçada ou artificial.”

 Hoje  estudando o espiritismo , através  do Livro dos Espíritos, do Evangelho Segundo o Espiritismo  e  estar absorvendo todos esses  ensinamentos, vejo que  tudo isso tem um sentido maior.Que enquanto não nos despojarmos  de nosso orgulho, de nosso sentimento de posse, de nossas  vaidades ,sempre  estaremos agindo contra o verdadeiro  AMOR que   o nosso Mestre  JESUS nos  ensina.

Por isso reflitam, analisem e coloquem em suas  vidas  essas  lições que  servem tanto para o homem quanto para as  mulheres, em qualquer  relacionamento que  tenham.