sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

PORQUE SOFREMOS ?PORQUE MENDIGAMOS AMOR?

“O homem pode suavizar ou aumentar o amargor de suas provas, conforme o modo por que encare a vida terrena.”

O Evangelho Segundo o Espiritismo – capítulo V – item 13



Nunca a humanidade mendigou tanta atenção e afeto. Uma crise de autodesvalor, sem precedentes, assola multidões. O sentimento de indignidade é o piso emocional das feridas seculares que causam a sensação de inferioridade, abandono e falência. Não se sentindo amadas, almas sem conta não conseguem superar os dramas da rejeição e os tormentos da solidão. Optam pela falência não assumida. Uma existência sem sentido, vazia de significados, sem metas; a caminho da derrocada moral e espiritual.

Somente o tratamento lento e perseverante de tecer o manto protetor da segurança íntima, utilizando o fio do auto-amor, poderá renovar essa condição interior do ser humano.

Agrilhoado pela ilusão do menor esforço, o homem busca a ilusão como sinônimo de paz. Anseia-se pela felicidade como se tal estado de alma pudesse ser fruto da aquisição de facilidades e privilégios.

Contudo, a felicidade é uma conquista que se faz através da educação de si mesmo. Buscá-la no exterior é dar prosseguimento a uma procura recheada de decepções e dor.

Educar para ser feliz é dar sentido à existência. O homem contemporâneo padece a doença do sentido. O vazio existencial é o corrosivo de seu mundo íntimo.

Reflitamos! Como a doutrina pode nos ajudar a construir sentido para a existência? Que passos dar para estabelecer significado educativo ao nosso sofrimento?

O Doutor Viktor E. Frank foi um homem extraordinário. Viveu a dor dos campos de concentração nazistas e sobreviveu, graças à sua habilidade em gestar um sentimento para sua dor em plena provação. Criador da logoterapia, Viktor Frankl auxiliou multidões a ter uma vida mais digna e promissora. Em sua obra prima ele afirmou:

“Quando um homem descobre que seu destino lhe reservou um sofrimento, tem que ver neste sofrimento também uma tarefa sua, única e original. Mesmo diante do sofrimento, a pessoa precisa conquistar a consciência de que ela é única e exclusiva em todo o cosmo dentro desse destino sofrido. Ninguém pode dela o destino, e ninguém pode substituir a pessoa no sofrimento. Mas na maneira como ela própria suporta este sofrimento está também a possibilidade de uma realização única e singular.” (Em Busca de Sentido – página 76 – Perguntar pelo Sentido da Vida – editora Vozes)

A primeira condição para se estabelecer um sentido à vida é o exercício da singularidade. Descobrir seus próprios caminhos, lutar por seus sonhos, celebrar sua diversidade aceitando suas particularidades, participar da vida como se é, sentir o gosto de se desligar de uma vida centrada no ideal e realizar-se no real.

A vida em si mesma não tem sentido, algo que se possa definir através de padrões ou princípios filosóficos. Esse sentido é construído pelas percepções individuais sob as lentes da singularidade humana que, a partir de diretrizes gerais, capacita-se a seguir sua “rota intuitiva” na direção da perfeição.

“O homem pode suavizar ou aumentar o amargor de suas provas, conforme o modo por que encare a vida terrena.” O modo de encarar ou perceber a vida terrena é a leitura pessoal de ser no mundo.

A felicidade resulta da habilidade de consolidar esse sentido a partir do “olhar de impermanência”. O enfoque de transitoriedade e do desprendimento.

Quase sempre sentimo-nos mais seguros adotando o parecer da maioria, um sentimento natural até certa etapa da jornada de crescimento. Chegará, porém, o instante em que a vida convidar-nos-á ao processo inevitável das descobertas singulares. Isto não significa estar alheio à convivência, ao processo de interação grupal. É apenas ter mais consciência do que convém ou não ao desenvolvimento individual na interação social.

Nas nossas frentes de serviços doutrinários somos convocados a urgente auto-avaliação nesse tema para erguimento da felicidade pessoal. Com um movimento acentuadamente dirigido para a “coletivização”,a uniformidade de conceitos e práticas escasseia o estímulo ou a aceitação para a diversidade. Nesse contexto, freqüentemente, idéias criativas e condutas diferentes são acolhidas com desdém, esfriam relações e ensejam a indiferença. São tachadas de personalismo e vaidade. Mais uma razão para tecer o auto-amor e investigar a forma pessoal de caminhar.

Personalismo ou singularidade? Individualismo ou individuação? Em quais experiências nos enquadramos?

Sem medo do individualismo, que é muito diferente da individuação, é imperioso aprendermos a investigar o coração em busca do “mapa singular” do Pai à nossa jornada de aprimoramento. Quem se ama vive a maravilhosa experiência de sentir brotar em sua alma, espontaneamente, uma cumplicidade poderosa com a vida, o próximo e a Obra Divina. Quanto mais amor a quem somos, mais amamos a vida. O sentimento da existência está no ato de percebermos o que significamos na Obra Paternal.

O segundo ponto essencial na construção do sentido é desenvolver a habilidade de superar o sofrimento. O prazer de viver surge quando, efetivamente entendemos as razões de nossas dores e como superá-las. Sofrer e não saber o que fazer para sair dessa “roda de dores”: nisso consiste o carma, a “roda da vida”. Possuir valores e não saber como utilizá-los para o bem: nisso reside o carma sutil da nobreza das intenções em conflito com a conduta que adotamos.

Quando desenvolvemos a arte de abrir o cadeado de nossas mazelas, soltamo-nos para novas vivências. Desprendemos das velhas amarras mentais, os complexos afetivos, dos condicionamentos. Quando aprendemos a lidar com nossos valores, a vida se plenifica.

A dor existe para incitar a inteligência na descoberta de soluções em nós mesmos. A grande lição nesse passo é descobrir as causas das aflições. O sentido da existência não está fora, mas dentro de nós. Podemos compartilhá-lo com o outro, entretanto, ele não depende do outro.

Como temos dificuldade em assumir a nossa fragilidade! Quanta dificuldade demonstramos para admitir nossa falibilidade! Sentimo-nos pequenos, incompetentes ao nos deparar com as batalhas não vencidas ou com as imperfeições não superadas, agravando ainda mais as provações. “O homem pode suavizar ou aumentar o amargor de suas provas, (...)”

Fénelon Assinala: “Que de tormentos, ao contrário, se poupa aquele que sabe contentar-se com o que tem, que nota sem inveja o que não possui, que não procura parecer mais do que é.” (O Evangelho Segundo o Espiritismo – capítulo V – item 23)

Ser feliz é contentar-se com o que se é sem que isso signifique estacionar. É o amor a si. A frase de Fénelon é uma autêntica proposta de paz interior. Contente, sem inveja e feliz com o que se é. Quem pode querer mais?

Texto tirado do livro -"Escutando -Sentimentos- Wanderley S.de Oliveira

ANO NOVO..DEIXEMOS A NOSSA CRIANÇA INTERIOR DESPERTAR

Neste ano que se inicia tomemos a decisão de despertar a “ criança interior “ que existe em nós.Esta criança é de uma pureza natural , mas por causa do nosso egoismo a soterramos sob os escombros dos nossos desatinos morais.


O Nosso Mestre Jesus disse:” Digo-vos, em verdade, que, se não vos converterdes e tornardes quais crianças, não entrareis no reino dos céus.” -O Evangelho Segundo o Espiritismo – capítulo VII – item 3.

Portanto deixemos renascer a criança que deixamos no tempo....escutemos seus sentimentos.

Quando se é criança não nutrimos, nas relações que temos, expectativas na convivencia,desobrigando-se das cobranças, ofensas,insatisfação,aborrecimentos,que nós adultos temos o tempo inteiro.Devemos nos aceitar como somos, sem criticas impiedosas,sem condenações estereis , pois isso é a base de uma vida saudavel.

Fernando Pessoa em seu poema “A criança que fui chora na estrada”, nos mostra o quanto nos perdemos no meio do caminho por termos soterrado a criança que existe dentro de nós....


“A criança que fui chora na estrada.
Deixei-a ali quando vim ser quem sou;
Mas hoje, vendo que o que sou é nada,
Quero ir buscar quem fui onde ficou.”

Vai diz a tua criança interior “Olá, minha criança! Vim buscar quem fui, onde ficou. Que bom te reencontrar, pois sei que um dia deixei-te na estrada para ser quem sou. Voltei agora para te buscar. Perdoe-me por te abandonar. Enquanto choravas, eu dormia o sono das conquistas passageiras. Agora estou desperto, vim te buscar.Não te assustes comigo. Eu não te deixei porque desejava. Não soube como fazer. Agora retorno a te buscar. Te aceito como és, incondicionalmente. Tu não és má porque tem imperfeições. Tu apenas tens imperfeições. Depois de tanto tempo, descobri que não sou capaz de viver sem teu poder.Quero brincar, pular e ser feliz. Vem ajudar me com tua bondade. Ajuda-me com tua criatividade e espontaneidade.Ah! Minha criança de luz, como te amo! Como quero te amar! Que vontade de sentir a tua espontaneidade, tua riqueza.”(texto do livro Escutando –Sentimentos-Wanderley S.de Oliveira).

Veja como tudo nos é possivel.Despertemos a nossa criança.Deixemos ela sair,para ela ver a beleza do mundo , como somente uma criança o vê.Deixai-a sem amarras.Deixai a pureza dela te cativar novamente.Somente assim acharás novamente o que tanto buscas ........O REINO DOS CEUS, a sua paz interior.

UM FELIZ ANO NOVO……………..UMA FELIZ PESSOA NOVA………….

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

2010-ANO DE RENASCER OUTRA PESSOA

Faltam apenas alguns dias- 6 dias,para ser mais exato, para iniciar um novo ano.Todos nós fazemos um cem numeros de promessas para o ano que se inicia.Mas de que adianta fazermos tantas promessas se não conseguimos cumprir nem 1/4 delas.Porque isso acontece?Excesso de promessas ?Falta de oportunidade ou de vontade para coloca-las em prática?Ou a ansiedade excessiva em querer tudo de uma só vez?.Muitos são os obstáculos que encontramos a nossa frente.Mas poucos são aqueles que realmente se predispoem a enfrentá-los.A terem coragem de seguir em frente, de transpor esse obstáculos, tirando as lições necessárias que eles nos trazem.Os obstáculos serão incessantes até o fim da existência, não nos competindo nutrir expectativas com facilidades mas sim a coragem e o otimismo indispensáveis para vencer um desafio após o outro.


Neste ano que se inicia, renasça como uma nova pessoa.O primeiro dia do ano é o começo de todas as coisas, é o momento mais propício à renovação da vida.Seja corajoso,perspicaz, pois somente aqueles que são corajosos e perspicazes conseguem a disposição para realizarem as mudanças e lançarem-se a uma nova vida.Mas vá realizando uma coisa de cada vez, pois se pretender dar uma passada maior do que consegues tudo desabará.

Inicie este ano que vem , procurando se conhecer mais;se amar mais.Busque o aprimoramento de si mesmo.Esta deve ser a primeira promessa a ser seguida, pois ela é o seu maior desafio: O encontro consigo mesmo.Faça com que essa nova pessoa nasça de dentro de voce, através da aceitação,da renovação, da transformação dessa velha pessoa que ai esta , agora com voce -que é você.Não eliminamos nada do que fomos um dia,transformamos para melhor. Ao invés de ser contra o que voce é, aprenda a ter uma relação pacífica de aceitação sem conformismo a fim de fazer dessa “velha pessoa” um grande aliado no teu aperfeiçoamento.

No livro Reforma Intima sem martírio de Wanderlei S. de Souza nos diz o seguinte :

“Nossas imperfeições são balizas demarcatórias do que devemos evitar, são um aprendizado que pode ser aproveitado para avançarmos. A postura de “ser contra” o passado é um processo de negação do que fomos,do qual ea astúcia do orgulho aproveita para encobrir com ilusões acerca de nossa personalidade.As Imperfeições são nosso patrimônio.Elas serão transformadas, jamais exterminadas.Interiorização é aprender a convivência pacífica e amorável com nossas mazelas. É aprender a conviver consigo mesmo através de incursões educativas ao mundo íntimo, treinando o auto-amor,aprendendo a gostar de si próprio, para amar tudo que existe entorno de nossos passos.Enquanto usarmos de crueldade com nosso passado de erros não o conquistaremos em definitivo. A adoção de comportamentos radicais de violentação desenvolve o superficialismo dos estereótipos e a angústia da melhora – estados interiores improdutivos para a aquisição da consciência no autoconhecimento e no autotriunfo.Interiorização é conquistar nossa “sombra”,elevando-a à condição de luz do bem para a qual fomos criados.Portanto, esse adversário interior deve se tornar nosso grande aliado, sendo amavelmente “doutrinado” para servir ao luminoso ideal do homem lúcido e integral para o qual, inevitavelmente,todos caminhamos.”


Que neste ano de 2010 esta tua disposição de mudar a si proprio seja a tua bandeira, pois somente assim conseguirás as demais coisa que tanto almejas e que são as mais faceis de se conseguir.



SOMOS O QUE PENSAMOS!!SOMOS O QUE CRITICAMOS NOS OUTROS

No Universo tudo é vida e transformação. Leis imutáveis regem a harmonia através do regime de unidade. A vida do homem em sociedade, submetida a essas leis naturais, respira nesse engenho divino que destina os seres à evolução. A ordem que preside tais fenômenos é regida por princípios de atração e repulsão que esculpem pouco a pouco, os valores morais dignificadores da vida interpessoal.


“Semelhante atrai semelhante,” e “opostos se retraem”.

O pensamento é força energética com cargas vigorosas, e o sentimento dá-lhe qualidade e vida tornando o psiquismo humano o piso de formação dos ambientes em todo lugar.

Tomando por comparação as teias dos aracnídeos,criadas para capturar alimento e se defenderem,a mente humana, de modo similar, tem seu campo mental de absorção e defesa estabelecido pelo teor de sua “radiação moral”: São as psicosferas. Quanto mais moralizado é cria-se o “circuito de imunidade da aura”, preserva o homem das agressões naturais de seu “ecopsiquismo” e seleciona o alimento mental vitalizador do equilíbrio de todo o cosmo biopsíquico.

O estudo da formação das psicosferas explica a razão de muitas sensações e incômodos,claramente percebidos pelas criaturas na rotina de seus afazeres junto aos ambientes da convivência social. Enxaquecas repentinas, náuseas, falta de oxigenação, tonturas, alterações de humor instântâneas, alterações no bem-estar íntimo sem razões plausíveis, irritações ocasionais sem motivos, sentimentos de agressividade, ansiedade e tristeza súbita, indisposição contra alguém sem ocorrências que justifiquem; eis alguns episódios que podem ter origem na natureza psíquica dos ambientes.

Evidentemente, os locais de nossa movimentação serão sempre o resultado da soma geral das criações que neles imprimimos, colhendo dessa semeadura somente os frutos que guardem semelhança com a qualidade das sementes que espalhamos. Dessa forma,alguns descuidos da conduta ensejam romper com as“teias mentais defensivas” em razão da natureza de nossas ações.

Nesse sentido, faz-se necessário destacar que a palavra mal conduzida tem sido uma das mais freqüentes formas de fragilizar nosso sossego interior. Através dela temos permitido uma ligação quase permanente, pela lei da associação mental,com os “campos de nutrição e defesa” alheios,criando uma espécie de “comunidade de vínculos” na qual encarceramo-nos a honerosos desgastes voluntários, quais os citados acima. Basta imaginar várias teias de aranha se encontrando nas extremidades formando o enorme “manto”... Assim passam a ser elos de contato e abertura a toda espécie de seres que se movimentem naquelas faixas nas quais sintonizamos.

Tudo isso pela invigilância em acentuar os aspectos sombrios dos outros e do meio, passando a partilhar na intimidade daquela inferioridade que destacamos fora de nós.

Vemos, freqüentemente, pessoas preocupadas com o mal que o outro pode lhe fazer, temerosas com os “olhos gordos” que lhes infundem fantasias místicas e sentimentos inferiores em relação a alguém,entretanto, ignoram que seu grande inimigo, seu grande oponente são elas próprias, através dos comportamento pelos quais atraem o mal a si mesmos.

Somos sempre os únicos responsáveis por nós.

O homem na Terra encontra-se tão habituado a denegrir o outro que não é capaz de avaliar o mal que faz a si com essa atitude. No entanto, na medida em que busca sua transformação, afeiçoa-se a conduzir sua palavra mais nobremente em relação ao próximo e a tudo que o cerca. Somente então, quando inicia o programa de disciplina, consegue aquilatar com mais sensibilidade o quanto custa em seu desfavor o descuido com o verbo edificante.

Essa necessidade humana de destacar o mal alheio encobre, quase sempre, o desejo de rebaixar o outro e causar-nos a ilusória sensação de superioridade, uma “maquinação” milenar do orgulho nos recessos da mente. Para nos referirmos ao mal alheio sem causar prejuízos a nós próprios,parecemos antes proceder a uma análise da natureza das emoções e intenções que nos conduzem a agir dessa forma. O que necessitamos aprender é sondar os nossos sentimentos quando falamos de alguém, o que está na nossa vida afetiva quando mencionamos o outro. Somente assim conheceremos melhor nossas reais motivações e teremos condições para empreender mudanças de posturas eficazes, que manterão nosso campo espiritual defendido das cargas enfermiças daquilo que não nos pertence.

Recordemos que os ambientes são o espelho do que somos. Se já percebemos o quanto é pernicioso o hábito de criticar por criticar, de julgar com inflexibilidade, de mentir sobre os atos dos outros ou ainda de difamar a vida alheia, então façamos uma pausa para entender as causas de nossas ações,perguntando ao tribunal da consciência a verdadeira razão pela qual ainda tomamos essas atitudes. Por que temos essas necessidades? Por que alguém é sempre alvo de nossos comentários deprimentes? Por que alguém nos incomoda tanto? Que posso fazer para amanhã não agir da mesma maneira?Além disso, ore sempre nos círculos de trânsito por onde, iluminando tua aura e fortalecendo tuas defesas contra as “teias mentais” daqueles que também agem nas trilhas ferinas da palavra áspera e malfazeja.

Quando vemos os defeitos alheios, mas nos prestamos a tratá-los com real fraternidade e compreensão, aderindo expontaneamente ao hábito de destacar-lhes também o “lado positivo” que possuem,candidatamo-nos a ser os “Samaritanos” da vida no socorro às doenças alheias, imunizando-nos dos infelizes reflexos que decorrem das ações às quais,muitas vezes, adotamos contra nós mesmos, na condição de juízes e sensores implacáveis da conduta do próximo. A indulgência cria focos de atração e interesse, fazem as pessoas sentirem-se calmas e bem quistas ao nosso lado, elevando-nos o “astral emocional” para viverem mais felizes.

Zelemos pelos nossos ambientes tornando-os saudáveis e agradáveis para conviver. Otimismo incondicional, vibrações positivas sempre,tolerância construtiva, cativar laços, o hábito contínuo da oração, sorrir sempre, expressar alegria e humor contagiantes, dar pouca ou nenhuma importância aos reclames e pessimismo dos outros,guardar a certeza de que ninguém pode nos prejudicar além de nós mesmos, querer o bem alheio,essas são algumas formas para a edificação de psicosferas ricas de saúde e paz, medidas salvadoras de asseio espiritual que eliminarão expressiva soma de problemas voluntários, dos quais podemos nos ver livres, desde que realmente desejemos.

Texto tirado do livro:Reforma Intima sem martirio-Wanderlei S. de Oliveira-pg194-item29

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

PORQUE NECESSITAMOS DA APROVAÇÃO DOS OUTROS.?

Quando ainda crianças vamos estrutrando o nosso Ego pelo que vemos , aprendemos e pelo o que nós é impingido pelos nossos pais, familia e a sociedade.Além daquele que já trazemos conosco.E com isso construimos uma gama de mascaras para passarmos uma imagem,daquilo que não somos, que a própria sociedade nos cobra.Dessa maneira somos levados a estagiar nas experiências da arrogância,do personalismo, da auto suficiência e das ostentação- que são os traços do egocentrismo.Porém aqueles que se rebelam contra esse tipo de estruturação e se conectam ao seu próprio “Self Divino”, se capacitam a gerenciar suas potencialidades interiores e adotam como conduta a humildade,pois não sentem necessidade de passar uma imagem, mas apenas ser.Ela tem consciência de sua verdadeira importância perante a vida.Nem mas , nem menos valor.Apenas o que ele realmente é;nada além,nem aquém, disso.


O nosso “Self”-Espirito Imortal- tem que ter autonomia- a habilidade de dirigir bons sentimentos em relação a nós mesmos, sustentando crenças, atitudes e escolhas que corresponda ao legitimo valor pessoal.Tudo isso é a expressão do auto amor e o alicerce psicologico-emocional da maturidade.Dessa forma dilatamos a nossa conexão com o “Self” – fonte emissora das energias do amor.

A autonomia que devemos ter nos capacitará a nos libertarmos dos padrões idealizados, assumindo nossa realidade em busca do melhor possivel, libertando-nos das correntezas da baixa auto –estima, provenientes do nosso subconsciente.

A nossa luta pela busca da autonomia não está em nos libertarmos das pressões externas mas , sim, das velhas programações mentais e dos nossos acionadores mentais,que nos escravizam aos processos de desamor e crueldade conosco.Isso é uma mudança na forma de nos relacionarmos conosco mesmo através do foco mental positivo.

Somos portadores de vários inimigos íntimos,gestores de mensagens corrosivas da auto-estima e da segurança.Somente venceremos esse inimigos quando aprendermos a nos amar.Ai conseguiremos transformar esses clichês pessimistas em respeito,reflexão, auto-avaliação e perdão.

Adquirimos a nossa saúde mental quando nos livramos dessas estruturas internas opressoras que são os impulsos, condicionamentos , complexos, tendencias,clichês emocionais, intelectuais, que constituem as muitas sub personalidades ativas na nossa vida subconsciente.

Por não reconhecermos o nosso valor,vivemos a mêrce dos estimulos evolutivos, ou seja, das pessoas,lugares,guias espirituais,cargos,instituições e filosofias que nos dizem quem somos e o que devemos fazer.

Somos interdependentes.Precisamos uns dos outros.Mas não a ponto de depositarmos em algo ou alguém a responsabilidade de nos fazer felizes ou determinar nossas escolhas.Devemos ouvir a todos e refletirmos sobre tudo que aconteça, tomando por parametro o compromisso da melhoria e do crescimento gradativo.Porém ,devemos guardar por guia infindável os sentimento positivos que existem dentro de nós, a nossa consciencia individual, acima de tudo.

Os bons sentimentos que estão guardados em noss inconsciente são portadores de orientações para o nosso destino particular.Quando os escutamos, nos tornamos mais úteis a Deus, ao próximo e a nós mesmos.

“A atitude de autonomia pode ser sintetizada na frase: entrego-me a mim mesmo e respondo por mim. Seu princípio básico é: somente eu posso dizer o que quero e interpretar através dos meus sentimentos o que realmente preciso para crescer. Pertencer-se a si mesmo é adquirir gerência sobre o repositório da vida interior. Ter domínio de si próprio. Responder por si perante o Criador. “”(livro Escutando Sentimentos-Wanderlei S,de Oliveira-pg85)

A nossa convivencia aqui na terra se caracteriza por processos emocionais e psicologicos que nos afastam da Lei de Liberdade.Muitos poucos de nós escapamos da submissão e da dependência em matéria de relacionamentos.Os nossos sentimentos estão estruturados no egoismo, o que nos prende a ilusão de somente conseguirmos evoluir, de progredirmos através dos outros; nos tirando o direito natural de pertencermos a nós mesmo.Em função disso acabamos nos atolando no apego a pessoas e bens passageiros como sendo, eles, as únicas referências para o nosso bem estar e equilíbrio.Como se estivessemos navegando no mar da nossa existência, como descuidados viajantes, ao sabor dos fatos externos, sem posse do timão dos fenomenos internos da nossa alma.

Desde a nossa infância, fomos treinados para termos medo de pensar bem sobre nós mesmo ou sobre a capacidade de gerenciar nossos caminhos evolutivos,para atender as expectativas, e com frequência são enaltecidas a dependência e a submissão .

Pela nossa falta de autonomia medimos o nosso valor pessoal pela avaliação que as pessoas fazem de nós.Por medo de rejeição, em muitas situações, agimos contra os sentimentos apenas para agradar e sentirmo-nos incluidos e aceitos, no meio em que vivemos.Mas, aquele que se defini pelo outro,cairá em conflitos e decepções, mágoas e agastamentos

Esse medo surge porque gostaríamos de contar apenas com o êxito em nossas escolhas . Adoramos respostas e soluções imediatas, prontas para usarmos. Uma leitura. Uma opinião. Uma mensagem mediúnica. Não ter riscos. Não ter que ser criticados pelos caminhos que optamos. Esse medo ainda reflete a dependência. Nessa hora, teremos que escutar nossos sentimentos e seguir. Ouví-los não quer dizer escolher o certo, mas optar pelo caminho particular em busca da experiência sentida e conquistada dentro de sua realidade.

Esse é o “preço” que pagamos para descobrirmos quem somos verdadeiramente. Libertar-se do ego é um parto psicológico. A sensação de insegurança é eminente. Todavia, quando a alma é chamada a semelhante experiência no “relógio da evolução”, a vida mental compensa essa sensação com emoções enobrecedoras que descortinam percepções ampliadas acerca das intenções mais subjetivas do Ser. É com base na intenção que o Espírito assegura seu equilíbrio e suas escolhas no vasto aprendizado da eternidade.



Texto baseado no livro “Escutando –Sentimentos- do Wanderlei S. de Oliveira.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

SENTIMENTOS QUE NÃO PARTILHAMOS NEM CONOSCO

Tendo a  graça de estar  lendo este livro " Escutando -Sentimentos " do Wanderley s.de Oliveira,não tinha visto  algo tão maravilhoso e completo  sobre a auto avaliação interna do que  não colocamos  para fora  em termos de sentimentos que escondemos  de nós mesmo.Leiam com muita  atenção e reflitam :

"Senhores e senhoras, irmãos de doutrina, paz na alma.


Vir aqui falar de meus sentimentos é uma honra. Só lamento que tenha descoberto tão tarde o bem que me faz falar do que sinto.

A vida física brindou-me com a bênção de ser espírita. Três décadas e meia em ininterrupta e afanosa atividade doutrinária.

Sou uma vítima de mim mesmo. É incrível como ouvi tantas e tantas vezes, assim como acredito que tenha ocorrido igualmente com muitos aqui presentes, sobre a importância de perdoar e, no entanto, tal esclarecimento ficou apenas no cérebro. Impermeável ao coração.

Tenho aprendido sobre custódia de Dona Modesta que, quando a lembrança de alguém vem em nossa mente e desperta maus sentimentos, estamos magoados. Segundo ela, a mágoa que permanece por mais de uma hora em nossa cabeça, desce para o coração. E só Deus sabe quando sairá daí...

É o meu caso! Deixei a mágoa por mais de uma hora na cabeça!

Talvez alguém possa perguntar: por que apenas sessenta minutos de mágoa na cabeça?

Segundo Dona Modesta, os sessenta minutos são suficientes para perguntar a nós mesmos por que nos magoamos, e descobrir em nós próprios os remédios para curar-nos. Livrar-nos das algemas da ofensa.

A princípio, pode parecer uma atitude ingênua e desproposital, mas somente quem já sofreu o bastante com as mágoas sabe da importância de exonerá-las o quanto antes da intimidade. Ao adquirir coincidência dos males que ela nos traz, temos mais motivos ainda para extirpá-las.

Eu trouxe durante décadas a lembrança desagradável de pessoas e situações que permiti morarem em meu pensamento por mais de uma hora na condição de opositores.

Olhei demais para fora e a doença desceu da cabeça para o coração.

Pois bem! Isso me custou um câncer, o desencarne prematuro, perdas afetivas muito caras, lágrimas sem conta, angústia interminável e isolamento.

Aqui estou eu diante de mim mesmo. E os meus supostos inimigos, aqueles que me feriram, onde e como estão?

Certamente seguem seus caminhos e não levam más lembranças, especialmente de minha pessoa.

Meus amigos, o drama é um só! Tivesse lucidez suficiente e bastariam sessenta minutos para descobri-lo!

Faltou-me honestidade emocional para admitir que fosse invejoso, ciumento, competitivo, avesso a críticas e melindroso. Meu orgulho impediu-me de admitir que outras pessoas fossem tão boas quanto eu naquilo que eu fazia. Fracassei em um dos testes mais difíceis da jornada humana: exaltar a importância do outro com legítima alegria no coração e “diminuir para que o Cristo crescesse”. (João, 3:30).

Em meu favor, apenas tenho as minhas intenções. Em nenhum momento, conscientemente, calculei conflitos ou interesses pessoais. Sou vítima de mim mesmo, do meu passado de semeadura na arrogância.

Tudo passou no tempo, mas ainda trago a mente presa ao passado. Isso é a mágoa no coração.

Permiti-me adoecer. Magoar é admitir ser ferido, machucado.

A cicatrização pode demorar. A minha está se processando somente depois da morte.

Como? Como cicatrizar essas úlceras que eu mesmo provoquei? Como esquecer? Foram as perguntas que fiz desesperadamente ao tomar maior consciência do quanto me faziam sofrer.

Dona Modesta, aqui presente, é testemunha da minha dor.

Como religiosos, raramente escapamos de uma velha armadilha: a presunção. Eu não escapei.

Por presunção tornei-me um exímio juiz dos atos alheios, recheado de certezas sobre a conduta dos outros, um psicólogo implacável do comportamento do próximo. Tinha nos lábios as explicações perfeitas para a atitude de todos que me ofenderam. Quanto a mim, sempre me desculpava.

Como pude ser tão descuidado!

Olhei demais para o argueiro do próximo e não vi minha própria trave.

É preciso muita coragem para nos confrontar! Admitir a presença da inveja. Reconhecer que todos os nossos dissabores começam em nós mesmos. Conscientizar que somos os únicos responsáveis pelo que sentimos. Que podemos a qualquer momento retomar nossa alegria, nossas metas, nosso processo de crescimento, conforme a orientação evangélica que já possuímos.

Foi então que surgiu uma palavra fundamental na minha recuperação. Misericórdia. Compaixão.

Permitam-me a leitura de um parágrafo que se tornou a fonte de inspiração para minha recuperação:

‘”Espíritas, jamais vos esqueçais de que, tanto por palavras, como por atos, o perdão das injúrias não deve ser um termo vão. Pois que vos dizeis espíritas, sede-o. Olvidai o mal que vos hajam feitam e não penseis senão numa coisa: no bem que podeis fazer. Aquele que enveredou por esse caminho não tem que se afastar daí, ainda que por pensamento, uma vez que sois responsáveis pelos vossos pensamentos, os quais todos Deus conhece. Cuidai, portanto, de os expungir de todo sentimento de rancor: Deus sabe o que demora no fundo do coração de cada um de seus filhos. Feliz, pois, daquele que pode todas as noites adormecer, dizendo: Nada tenho contra o meu próximo. Simeão (Bordéaux, 1862). (O Evangelho Segundo o Espiritismo –capítulo X – item 14).

Misericórdia! Ao invés de estudar as razões das ofensas, passei a pensar e aplicar a atitude de misericórdia. Mentalizei meus supostos adversários que me traziam más recordações e os envolvia em luzes de cores calmantes. Orei com sinceridade pedindo a Deus por eles.

Lamentavelmente não pude fazer o que faria hoje se estivesse no corpo: os procuraria para um abraço sincero.

Misericórdia, inclusive para mim, foi o que pratiquei, pois perdi, além de tudo, a minha paz. Autoperdão, admitir a minha participação em tudo aquilo que tinha motivo para queixar. Como é doloroso tomar contato com as nossas ilusões.

Incrível! Hoje tenho conhecido dramas terríveis de pessoas que foram efetivamente feridas e dilaceradas na vida física, e que se encontram aqui nessa casa de amor em estados melhores que o meu.

Como nós espíritas nos ferimos sem motivos reais para tanto!

Somente quando conseguirmos rir das atitudes que nos feriram, estaremos nos curando.

Quanta arrogância totalmente necessária em uma obra que nem nos pertence!

Que vergonha a minha! Como eu gostaria que tudo tivesse sido diferente! Sem dissensões, inimizades, perdas.

Só tenho uma virtude em toda a minha história. Não desisti de refazer meus caminhos. Talvez por isso sofra tanto. Por isso estou aplicando a misericórdia comigo também.

Não existe para mim conceito mais claro de misericórdia que acolher com afeto e carinho, estímulo e alegria o valor alheio, ceder da minha importância pessoal em favor da motivação de outrem para a sua caminhada.

Hoje, creio sinceramente que se concedermos apenas uma hora para analisarmos as imperfeições e usarmos o restante do tempo para nos amar, a vida nos presenteará com mais motivos para ser feliz.

Penso muito em Jesus. Sabendo de todas as nossas mazelas, mesmo hoje como espíritas, continua contando conosco.

Essa tem sido a minha força.

Saber que o Mestre ainda conta comigo tem sido meu descanso, minha motivação.

Obrigado a todos por me ouvirem. "

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

OUVINDO COM O CORAÇÃO -ESCUTANDO OS SENTIMENTOS


Lendo este livro achei muito interessante e profundo as palavras desse autor e concordo inteiramente com as suas observações;o ser humano necessita  se conhecer muito profundamente, e começar a aprender a escutar o seu coração-os seus  sentimentos; pois somente assim ele poderá aproveitar tudo o que  a vida tem de bom para lhe dar e, também, poder auxiliar o seu proximo......


"Na acústica da alma existem mensagens sobre o Plano do Criador para nosso destino. Aprender a ouvi-las e exercitar, diariamente, a plena atenção aos ditames libertadores dos sentimentos. Interferências internas e externas subtraem-nos, constantemente, a apreensão desses “recados do coração”.



Escutar os sentimentos não significa adotá-los prontamente. Mas aceitá-los em nossa intimidade e criar uma relação amigável com todos eles. Aceitá-los sem reprimir ou se envergonhar. Essa atitude é o primeiro passo para um diálogo educativo com nosso mundo íntimo. Somente assim teremos uma conexão com nossa real identidade psicológica, possibilitando a rica aventura do autodescobrimento no rumo da singularidade – a identidade cósmica do Espírito.


Escutar os sentimentos é cuidar de si, amar a si mesmo. É uma mudança de atitude consigo. O ato de existir ocorre nos sentimentos. Quem pensa corretamente sobrevive; quem sente nobremente existe. O pensamento é a janela para a realidade; o sentimento é o ponto de encontro com a Verdade. É pela nossa forma de sentir a vida que nos tornamos singulares, únicos e celebramos a individualidade. Quando entramos em sintonia com nossa exclusividade e manifestamos o que somos, a felicidade acontece em nossas vidas.


O sentimento é a maior conquista evolutiva do Espírito. Aprendendo a escutá-lo, estaremos entendendo melhor a nossa alma. Não existe um só sentimento que não tenha importância no processo do crescimento pessoal. Quando digo a mim mesmo “não posso sentir isto”, simplesmente estou desprezando a oportunidade de auto-investigação, de saber qual é ou quais são as mensagens profundas da vida mental.


O exercício do auto-amor está em aprender a ouvir a “voz do coração”, pois nele residem os ditames para nossa paz e harmonia.


Os sentimentos são guias infalíveis da alma na sua busca de ascensão e liberdade. O auto-amor consiste na arte de aprender a escutá-los, estudar a linguagem do coração.


Pela linguagem dos sentimentos, entendemos o “apoio” do universo a nosso favor. Mas como seguir nossos sentimentos com tantas ilusões? Eis a ingente tarefa de nossos grêmios de amor espírita-cristão: educar para ouvir os nossos sentimentos. Radiografar nosso coração. Desenvolver estudos sistematizados de si mesmo.


Temos nos esforçados tanto quanto possível para aplicar as orientações da doutrina com nosso próximo. Mas... E nós? Como cuidar de nós próprios? A proposta libertadora de Jesus estabelece: “amai ao próximo”, e acrescenta:”como a ti mesmo”.


Os impulsos do self não atendidos, com o tempo, transformam-se em tristeza, angústia, desânimo, mau-humor, depressão, irritação, melindre e insatisfação crônica.


Além dos fatores de ordem evolutiva, encontramos gravames sociais para a questão da baixa auto-estima.


As gerações nascidas na segunda metade do século XX atingem o alvorecer do século XXI com “feridas psicológicas” profundas resultantes de uma sociedade repressiva, cujas relações de amor, com raras e heróicas exceções, foram vividas de modo condicional através de exigências. Para ser amada, a criança teve que atender a estereótipos de conduta.Um amor compensatório. Um rigor que afasta o ser humano de sua individualidade soterrando sua vocação, seus instintos, suas habilidades e até mesmo imperfeições. O pior efeito dessa repressão social é a distância que se criou dos sentimentos.


Essa geração pós-guerra vive na atualidade o conflito decorrente de céleres mudanças na educação e na ciência, que constrange ao gigantesco desafio de responder à intrigante questão: quem sou eu?


Paciência, atenção, perdão, tolerância, não julgamento, caridade e tantos outros ensinos do Evangelho que procuramos na relação com o próximo, devem ser aplicados, igualmente, a nós mesmos. Então surge a pergunta: Como?


Distante de nós a pretensão de responder. Nossa proposta consiste em oferecer alguns subsídios para pensarmos juntos sobre essa questão. Moveu-nos apenas o sentimento de ser útil, compartilhar vivências que suscitam o debate, a reflexão conjunta, a meditação e o estudo em nossos grupos de amor espírita e cristão. Grupos dispostos a compreender a linguagem emocional sob a ótica da imortalidade.


Temos no Hospital Esperança os grupos de reencontro, que são atividades de psicologia da alma com fins terapêuticos e educacionais – verdadeiras oficinas do sentimento. No plano físico, atividades similares poderão constituir uma autêntica pedagogia de contextualização para a mensagem de amor contida no Evangelho e na codificação Kardequiana.


Nestas páginas oferecemos alguns enfoques elementares para a composição de grupos de estudos à luz da mensagem renovadora do Espiritismo, cujo objetivo seja discutir o ingente desafio de aprender amar a nós mesmos tanto quanto merecemos, promovendo o desenvolvimento pessoal à luz da imortalidade. Grupos de reencontro que se estruturem como encantadoras oficinas do coração.


Nossos textos nada possuem de conclusivos. Ao contrário, são sugestões singelas com intuito de serem debatidos, pesquisados e contestados, visando ampliação do entendimento e uma reformulação de conceitos sob a arte de sentir e viver. Exaramos algumas idéias que nos auxiliam a pensar em nosso bem sem sermos egoístas, conquistarmos a autonomia sem vaidade, galgarmos os degraus do auto-amor sem arrogância.


Fique claro: auto-amor não é treinar o pensamento para beneficiar a si, mas educar o sentimento para “escutar” Deus em nós. Descobrir nosso valor pessoal na Obra da Criação.


Tecemos nossas considerações inspiradas em O Evangelho Segundo O Espiritismo. As palavras imorredouras da Boa Nova constituem o cânone mais completo de psicologia da felicidade para os habitantes do planeta Terra.


Façamos o mergulho interior na fala do Mestre:”Ouça quem tem ouvidos de ouvir”


Em outra ocasião (...) voltou-se para a multidão, e disse: quem tocou nas minhas vestes? (Mateus, 9:29). Escutando e auscultando o coração feminino que lhe procurou rico de sensibilidade e afeto.


Escutemos a alma e suas manifestações no coração! Celebremos a experiência de amarmo-nos tanto quanto merecemos!"


Texto tirado do livro Escutando Sentimentos de Wanderley S.de Oliveira