Você já observou os padrões
que se repetem na sua família?
Uma família é mais do que uma
arvore genealógica. As famílias compartilham histórias, padrões físicos,
mentais, emocionais e espirituais que são transmitidos de geração em geração de
muitas formas. São registros celulares que deixam um impacto em nossos genes e
reverbera no nosso modo de ser, formando a Egrégora Familiar, responsável pelas
diversas repetições de crenças, situações e valores - o carma familiar. Se você
observar a sua família de uma forma ampla vai perceber esses padrões. Existem
muitos padrões limitantes que nos prendem como a falta de prosperidade, falta
de amor, dificuldades nos relacionamentos e até mesmo doenças genéticas. Quando
damos conta, nos vemos repetindo ações dos nossos pais, avós, vivendo as mesmas
experiencias dos nossos bisavôs, e por aí em diante.
É por isso que quase sem
perceber você repete a baixo autoestima dos seus antepassados, repete is mesmos
medos, repete o espirito de escassez, repete a reclamação, repete o abuso, a
deslealdade, as preocupações, os vícios, a insegurança, a mãe ou o pai
castradores, a manipulação. Repete a pesquisa por culpados, a dependência
emocional, o acumulo de raiva, o sacrifício, a covardia, os limites inventados,
a casa disfuncional, as dificuldades de sentir, o medo de se destacar, a
incapacidade de ser e de se expressar livremente.
Cortar os padrões negativos de
pensamentos e atitudes familiares é um ato necessário para o próprio bem estar.
Precisamos fazer as pazes com o nosso passado, para que ele não atrapalhe o
nosso presente. Quando você se cura, você cura todo o sistema. E quando alguém
disser “isso é de família” você diz: “É aqui que acaba.”
Se curar é um processo, mas
antes de tudo se curar é um trabalho interno de cada um.
Acreditar na frase que “só o
tempo cura” é pensar que basta a vida passar para a ferida cicatrizar, para a
dor passar, para a velha mágoa sumir. A verdade é que tempo não cura nada, quem
cura somos nós mesmos.
Pode passar uma semana, um
mês, um ano, uma vida... se não trabalharmos pela cura de nossas desilusões
elas irão nos acompanhar o tempo que for.
Porque não é o tempo em si que
cura: o que cura de verdade são as nossas experiencias, é o amadurecimento
adquirido, a nova maneira de olhar a vida, o esforço que temos para
ressignificar o nosso passado. O que não podemos esperar é que o tempo vai
curar uma ferida que todo o dia cutucamos.
A gente cutuca nossas feridas
quando permanecemos em lembranças do que já passou, quando ainda perguntamos e
queremos saber sobre alguém que não liga mais para nós, quando caçamos
informações online do que fulano ou fulana está fazendo, com quem está e como
se sente, quando a gente insiste em falar demasiadamente de experiencias ruins
que já ficaram para trás.
É preciso parar de ver o que
faz mal, deixar de querer saber sobre alguém que não nos acrescenta nada, não
alimentar o hábito de “remoer” com frequência as lembranças das dores que
passamos. A vida passa e ninguém se cura enquanto continuar se machucando. A
cura só começa de verdade quando a gente para de cutucar a ferida.
Com base no texto de Rana Vitoria e Alexandre Gruber.
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