terça-feira, 26 de maio de 2015

O EFEITO ESPELHO

                            O EFEITO ESPELHO


A vida vai sempre nos oferecendo meios de informação e de reflexão sobre o que se passa conosco até que todas as possibilidades se esgotem. A cada instante o nosso meio ambiente nos envia essas mensagens que nos fornecem constantemente informações corretas e profundas. Esse primeiro nível de mensagens mandadas pela vida para nos ajudar a compreender quem somos e o que temos de viver se chama "o efeito espelho". Na verdade, a vida busca apoio em numerosos suportes, a fim de se comunicar conosco e nos guiar, e cabe somente a nós escutá-la. Observando o que se passa ao redor de nós e o que os outros representam no nosso meio biológico, contamos com um campo inesgotável de compreensão a respeito de nós mesmos. É nessa compreensão da vida que se insere esse "efeito espelho", sobre o qual Carl Gustav Jung dizia: "Percebemos nos outros as outras mil facetas de nós mesmos."

O que é, pois, esse efeito espelho? Trata-se de um dos conceitos filosóficos mais difíceis de aceitar durante a minha busca pessoal.

Na verdade, significa que tudo aquilo que vemos nos outros é apenas um reflexo de nós mesmos. Quando algo nos agrada em alguém, geralmente se trata de uma parte de nós mesmos na qual não ousamos acreditar ou que não ousamos exprimir. Até então, o princípio é aceitável. Vamos mais longe. Quando não suportamos algo no outro, isso quer dizer que se trata de uma polaridade que também nos pertence, mas que não suportamos.

Recusamo-nos a vê-la, a aceitá-la, e não podemos tolerá-la no outro porque ela nos remete a nós mesmos. É isso que se toma muito mais difícil de admitir. Reflitamos, no entanto, sinceramente a esse respeito. Qual é a única parte do nosso corpo que jamais poderemos ver com nossos próprios olhos, mesmo sendo o melhor contorcionista do mundo? Trata-se do nosso rosto! Ora, o que representa esse rosto, para que serve? Representa nossa identidade e, aliás, é a sua foto que está colocada nas cédulas ditas de identidade. A única maneira que encontramos para ver o nosso rosto seria olhá-lo no espelho. Vemos, então, o nosso reflexo, a imagem que ele nos devolve. Na vida, o nosso espelho é o outro. O que vemos e a imagem que ele nos devolve são o reflexo fiel de nós mesmos, do que se passa conosco.

Isso ganha ainda mais força se acrescentarmos o fato de que "escolhemos" as pessoas que encontramos. Trata-se, então, de um tapa na cara! Trata-se de um tapa quando, por exemplo, encontramos pessoas injustas com freqüência. Isso nos obriga a refletir a respeito da nossa própria injustiça em relação aos outros. Reflitamos sobre a nossa avidez se encontrarmos pessoas ávidas com freqüência, sobre a nossa infidelidade se formos constantemente traídos.

Naturalmente, como eu mesmo já o fiz muitas vezes, não vemos, não encontramos em nós mesmos aquilo que somos, que nos desagrada ou nos incomoda no outro. Mas se formos totalmente sinceros, se aceitarmos nos observar realmente sem fazer julgamentos, logo descobriremos em quê o outro se parece conosco e quando fomos como ele. A vida é feita de forma que só vemos, só percebemos, só somos atraídos por aquilo que nos interessa, nos diz respeito.

O segundo elemento desse efeito espelho é que a nossa Consciência Holográfica, o nosso Não-Consciente, o nosso Mestre ou Guia Interior, nos levam ao encontro de pessoas que convêm. Esse princípio funciona tanto no sentido negativo como também no positivo.

Quando realmente queremos alguma coisa, é ele que faz com que encontremos, como que por acaso, as pessoas, os livros ou as emissões de radio ou de televisão que vão nos ajudar. Porém, é também o princípio que C. G. Jung chamava de fenômeno da "sincronicidade" que faz com que
encontremos as pessoas que nos "des-convêm", quando temos que compreender, mudar alguma coisa quanto à nossa atitude de vida. Aliás, às vezes é difícil perceber ou aceitar mas, em todo caso, a única pergunta que podemos nos fazer é: "O que é que eu tenho que compreender nesta situação?", ou mesmo: "O que é que este encontro, esta situação pode me ensinar?" Se formos sinceros, a resposta vem rapidamente. Aliás, os sacerdotes e budistas tibetanos dizem que na vida "os nossos melhores mestres (os que nos fazem agir, progredir) são os nossos piores inimigos, aqueles que nos fazem sofrer mais"...

Mas, infelizmente, muitas vezes permanecemos surdos ou equivocados no que diz respeito a essas mensagens que atentam para nos prevenir do que acontece e do que devemos trabalhar na nossa vida. Então, somos obrigados a ir mais adiante, ao encontro dos atos falhos, dos traumatismos, ou mesmo das doenças. Eles falam conosco mas é preciso aprender a decodificar a sua linguagem. Nós o faremos na terceira parte desta obra, estudando os diferentes elementos do nosso corpo, especialmente a função deles. Isso pode parecer inútil, pois se espera que todos saibam para que serve um braço, uma perna, um estômago ou um pulmão. Mas tudo o que temos é uma imagem parcial dessas partes de nós mesmos, das quais só compreendemos e só conhecemos a função mecânica.

Vale a pena ampliar a significação global dessa função, particularmente a sua representação, a sua projeção psicológica. Poderemos assim extrair daí a significação das tensões que se manifestam em um ponto ou outro do corpo.

Texto tirado do livro "Diga-me a onde  doi que te direi porque" de Michael Odoul

terça-feira, 12 de maio de 2015

O NOSSO CAMINHAR AQUI NA TERRA- UMA REFLEXÃO

Muitas vezes, em nosso caminho, deixamos que prevaleçam as ilusões do corpo físico. Quando chegamos aqui no planeta terra, enfraquecemo-nos, deixando o domínio do orgulho, do egoísmo e da vaidade demasiados nos vencer. Assim, todas as oportunidades que nos foi dada de revermos nossas faltas, com o auxílio de espíritos benevolentes na seara do incansável bem da vida infinita de cada um de nós, fica no esquecimento. Todos chegamos aqui com metas a cumprir e jamais estacionamos, e, por mais que deixemos algo pela metade, sempre estaremos amparados por algum espirito amigo a nos intuir princípios morais, que são a verdadeira essência a galgar para a evolução, até que alcancemos um equilíbrio aqui ou em outros planos.  Tudo que de bom aprendemos e usamos será um ponto para essa evolução se concretizar em beneficio não só nosso, mas de todos. O caminho a percorrer quase sempre é difícil, com muitos obstáculos a serem ultrapassados, portanto, quando se passa por insistentes crises de desânimo e lamento de sentimentos, como revolta, magoa, rancor, fracasso por não se ter alcançado tão esperada oportunidade, seja lá qual for o ideal, tornam-se necessárias a reflexão e uma prece a Deus. Muitas vezes, as pessoas devem entender que, com certeza, não serão as primeiras nem as últimas a se sentirem impotentes diante da misteriosa caminhada escrita por elas mesmas, portanto, devem se confortar, pois todos passaremos por muitos percalços para extrair de nossos sofrimentos grandes lições de amadurecimento e evolução. Não se entregar ao desalinho, não deixar que lamentáveis doenças apoderem-se do corpo físico, trazendo lamentáveis dissabores, e o que é pior, medo, angustia, amargura para o espirito, procurar reparar as provas que Deus nos confiou e não abraçá-las ainda mais, como se fosse o ser mais infeliz da face da terra, tudo isso faz parte do nosso caminhar.
Entre muitas doenças provenientes do estado emocional, o tumor maligno é uma das mais cruéis enfermidades que cresce admiravelmente, atingindo irmãos que se encontram em desarmonia, nutrindo sentimentos desprezíveis perante os grandes ensinamentos que lhes foram transmitidos. E, sem exceção, todos aqui ainda somos alunos.
Portanto, façam com que suas vidas sejam mais harmoniosas, tenham sempre equilíbrio. Eliminem de seus corações os sentimentos que possam vir a maltratar seus próprios destinos. Confiem , pois Deus sempre confiou e confia   em  vocês.

Alexandre Villas( espirito) do livro Uma longa espera psicografado por Fátima Arnolde.